Ídolo e maior artilheiro da história do Athletico, Barcímio Sicupira reviveu a emoção de assistir a um jogo do Furacão na arquibancada na quinta-feira (9), na derrota para o Boca Juniors, na Bombonera, pela Libertadores.
Um grupo de torcedores bancou ingresso, passagem e hospedagem e fez questão de levar o eterno camisa 8 atleticano para Buenos Aires acompanhar a noite histórica rubro-negra. Tudo ficou ainda mais especial por que o ídolo completa 75 anos nesta sexta-feira (10).
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A última vez que o ex-jogador havia visto uma partida ao lado dos torcedores foi justamente contra o Boca, em 1973, pela Taça Atlântico Sul, quando ainda era atleta do Furacão, e viu o Rubro-Negro vencer por 2 a 1, no Couto Pereira.
"Eu estava sem contrato com o clube. A partida foi no início do ano e como não iria jogar, eu e mais alguns jogadores fomos ver a partida no meio da torcida", lembra Sicupira.
"Será uma emoção muito grande. Nos últimos tempos eu estou recebendo muito carinho de todos os torcedores. Estão me tratando muito bem. Aqui mesmo em Buenos Aires estava andando e um jovem casal me pediu para tirar foto. Está sendo muito especial", agradece o ídolo.
Sicupira não conhecia o famoso estádio argentino. Quando defendia o Botafogo, nos anos 60, ele fez uma excursão com o clube carioca para jogar contra clubes argentinos. Enfrentou o River Plate no Monumental, mas o jogo contra o Boca ele não participou por culpa do companheiro Garrincha.
"Eu, o Mané e o Bira (ex-jogador) não tínhamos documentação pegamos outro voo. Mas na hora de embarcar, o Garrincha não apareceu. Todo mundo entrou no avião e quando ia decolar, ele apareceu. Ele entrou por baixo, pela roda", conta Sicupira.
"Os passageiros ficaram pasmos e aplaudiram. Era o Garrincha. Resumindo: chegamos na Argentina com a bola rolando sem tempo de jogar", relembra o ex-jogador.
Esta e outras das melhores histórias da vida de Sicupira serão contadas em um livro biográfico, produzido pelo jornalista Sandro Moser, com previsão de lançamento ainda em 2019.
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