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Policiais acompanham a chegada da torcida do Atlético ao Couto Pereira: oficiais alegam que não há contingente suficiente para garantir em todos os terminais de ônibus a mesma fiscalização ostensiva das proximidades do estádio | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Policiais acompanham a chegada da torcida do Atlético ao Couto Pereira: oficiais alegam que não há contingente suficiente para garantir em todos os terminais de ônibus a mesma fiscalização ostensiva das proximidades do estádio| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
  • Confira a enquete com alguns jornalista sobre o Atletiba
  • Veja que o confronto entre torcedores ocorreu em regiões afastadas do estádio

Em campo, um enfadonho 0 a 0 foi o saldo do Atletiba de domingo (leia enquete ao lado). Nas arquibancadas, 21,5 mil torcedores fazendo a festa no primeiro clássico do ano, em que a agressividade não foi além de cinco cartões amarelos dentro de campo e as costumeiras e constantes provocações de atleticanos e coxas-brancas. Isso dentro do Couto Pereira.

Mas, fora do estádio, a violência entre as torcidas ainda permanece. Apenas mudou de lugar. E de hora. Com o forte policiamento nas imediações do estádio – 500 policiais foram destacados para atuar na região do estádio alviverde –, as torcidas organizadas anteciparam a hora da briga e a espalharam por diversos pontos.

O saldo foi de 114 detidos – sendo 56 com menos de 18 anos –, 11 ônibus depredados (oito a mais que no último clássico, em 28/9/2008), três vidros de guaritas de terminais e nove de estações tubo quebrados. Não há um levantamento do número de feridos por causa dos confrontos.

A confusão começou cedo. Às 11 horas da manhã do domingo, uma briga entre as torcidas rivais resultou na prisão de 22 atleticanos por danos ao patrimônio, no terminal de ônibus de Pinhais. Por volta das 15 horas, no terminal de São José dos Pinhais, um rojão foi atirado dentro de um ônibus, que transportava torcedores e gente que estava no local e sem relação com o clássico.

O confronto entre atleticanos e coxas-brancas teve pedras e pedaços de madeira usados como armas. Ao todo, foram 92 apreendidos (sendo 47 menores), todos levados para a Delegacia da Mulher e do Adolescente do município.

"Eles (os torcedores) vêm para a região metropolitana em dia de jogo para brigar. Não tenho como reforçar o policiamento. Só tenho três oficiais. Autuamos todos, trabalhamos até as duas horas da madrugada", conta a delegada Darli Rafael.

O terminal do Fazendinha também foi palco de confrontos no meio da tarde. Fogos de artifício fizeram parte das armas utilizadas. O coronel da Polícia Militar Jorge Costa Filho, comandante do policiamento na capital, afirma que a estratégia da PM para evitar as brigas de torcidas tem sido reforçar o policiamento nos principais terminais. "Mas não temos contingente para cobrir todas as regiões. Não há como sermos onipresentes", alega.

Conforme o coronel, os confrontos entre torcedores se concentram pouco antes do início do clássico e nas duas horas que sucedem a partida. "A cada jogo fazemos a avaliação dos pontos críticos, monitoramos os possíveis locais de briga, inclusive no (site de relacionaments) Orkut, para nos anteciparmos. Mas eles (os torcedores) se organizam em códigos. A intenção deles é badernar, não é ver o futebol", diz, ao defender que é preciso que os envolvidos em brigas sejam efetivamente punidos. "Por mais que façamos nosso papel, eles sabem que não vai acontecer nada. A punição vai ser, no máximo, (doar) uma cesta básica", afirmou.

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Interatividade

O que a polícia deve fazer para garantir a segurança longe do estádios em dia de clássico?

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