Nem "bicho", nem tabu a ser quebrado motivou o Fla
O Flamengo tentou de tudo. Queria porque queria quebrar o tabu de 35 anos sem vitória sobre o Atlético em Curitiba. Depois da reconstrução do Joaquim Américo, em 1999, por exemplo, foram nove partidas no estádio. Um empate e oito derrotas. Algumas contundentes, como o 4 a 0 de 2001 e o 5 a 3 do ano passado.
Três jogos e nenhuma bola na rede. Nada de gol contra Náutico (3 a 0), Botafogo (0 a 0) e Flamengo (0 a 0). O desempenho do ataque atleticano já começa a preocupar. Ainda mais que Alex Mineiro, contratado para resolver a carência do time, passa por um jejum bem maior: são sete partidas sem correr para os braços dos fãs. Ou seja, desde que trocou o Grêmio pelo Atlético, em julho, o atacante não sabe o que é comemorar.
A série negativa vem tirando o sono do principal nome da conquista do título brasileiro do Furacão, em 2001. Ontem, ele desabafou. Estava aborrecido com a própria atuação, especialmente com o lance que desperdiçou cara a cara com o goleiro Bruno.
"(A má fase) preocupa bastante. Fui contratado para decidir, fazer os gols, e não estou conseguindo. Se faço aquele gol, daria uma tranquilidade enorme para o time", avaliou, recorrendo a um velho clichê para ilustrar o momento ruim: "Atacante vive de gols. Como não venho marcando, existe a cobrança. Eu me cobro, a torcida cobra, a imprensa cobra...", emendou ele, que só na Arena já marcou 50 gols com o uniforme rubro-negro em passagens anteriores.
Não tem jeito. Para o técnico Antônio Lopes a solução passa por intensificar o trabalho de finalização. Exercício que marcou a antevéspera do confronto com o Flamengo.
"São os gols que resolvem as partidas. Vou massificar o trabalho em cima dos erros que cometemos para fazer gol nos próximos jogos", explicou o Delegado, cobrado após o fim da partida por não ter colocado o centroavante Patrick em campo, já que o rival carioca tinha um jogador a menos o volante Willians foi expulso aos 20 do segundo tempo.
"A equipe já estava cheia de avantes. O Wesley na direita, o Alex centralizado, e o Wallyson na esquerda. Não adianta colocar 1.500 atacantes para buscar o gol. Acho que fiz o que tinha de fazer", comentou o treinador, apegando-se ao surrado mantra do camisa 9, repetido ontem novamente. "O gol vai sair no momento certo".
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