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Técnico Ricardo Drubscky conversa com os jogadores durante o treino: des­-contração | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Técnico Ricardo Drubscky conversa com os jogadores durante o treino: des­-contração| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Peso maior

Apesar de normalmente dizer que todos os jogos na Série B têm peso igual, o técnico Ricardo Drubscky não ficou em cima do muro e reconheceu que o embate de amanhã diante do São Caetano tem uma importância maior. "Não falo, mas acho isso", brincou o treinador. "É um jogo muito importante, até porque, dependendo da rodada, podemos trazer mais um candidato para a briga [o Vitória]. Mas só espero que a importância extra não atrapalhe os jogadores", completou. O comandante rubro-negro não fez mistério e confirmou ontem que a equipe que vai entrar em campo será a mesma do duelo diante do Guaratinguetá, na última rodada.

Quando os jogadores do Atlético entrarem em campo amanhã para enfrentar o São Caetano, às 16h20, no Anacleto Campanella, todo um rito semanal terá se encerrado. Esse ciclo, com palestras, conversas e brincadeiras, que ocorre fora das quatro linhas e que se fecha a cada partida é o que tem garantido, segundo funcionários, comissão técnica, jogadores e dirigentes, o bom ambiente interno e os importantes resultados que o time vem conquistando para ascender à Primeira Divisão.

"O Ricardo [Drubscky] conseguiu fazer um dos melhores grupos que o Atlético teve nos últimos anos. Ele é de diálogo fácil, conversa muito com os jogadores e por isso todos estão fechados com ele", apontou o vice-presidente de futebol, João Alfredo. Para ele, o principal responsável pelo clima amistoso é mesmo o treinador.

Desde que retornou ao Furacão, Drubscky tem prezado a conversa. Estudioso assumido, tem sempre por perto um – ou vários, como ele mesmo enfatiza – livro diferente que trata de auto-ajuda, liderança e comunicação. Tudo para buscar no plantel o melhor ambiente possível, além de todo o esforço de cada um nos treinamentos e nos jogos. Não à toa que os atletas dizem abertamente que também jogam para o "professor".

E ele se orgulha de ter participação nesse processo. "Se tivesse de escolher uma palavra para resumir esse grupo seria ‘equipe’. Somos um grupo que virou uma equipe, que gosta de estar junto em todos os momentos. Tanto que nossas resenhas são prolongadas, sem nada forçado. Isso tudo é um suporte para o time em campo", analisa Drubscky.

Ao lado do comandante, o psicólogo Gilberto Gaertner organiza, quase semanalmente, palestras e atividades de motivação. No telão passam filmes de batalhas e seleções de momentos dos jogos do Atlético – nesta semana, especialmente, os jogadores assistiram a lances da conquista nacional de 2001, sobre o São Caetano. Reuniões essas em que são realizadas dinâmicas para aumentar o grau de confiança entre o elenco, incentivando o olho no olho.

Esse "clima organizacional", porém, não vem somente do departamento de psicologia ou da comissão técnica. O que garante também a unidade interna são as piadas e as brincadeiras do jogador Derley. O volante, aliás, é um dos mais queridos do elenco – dizem, é quem garante a descontração nos voos para aqueles que têm medo de avião. Mas as piadas não são exclusividade dele. Wellington Saci, Pedro Botelho e Marcão dividem o ranking do riso.

E ao contrário do que normalmente ocorre em concentrações, o videogame passa longe dos rubro-negros. O que prevalece no período de privação da família são os campeonatos de cartas, especialmente truco e cacheta. Mas o que realmente faz sucesso entre os atletas são as novelas – o capítulo final de Avenida Brasil, na véspera da partida contra o Vitória, na 31.ª rodada, parecia decisão de Copa do Mundo.

O lateral-esquerdo Pedro Botelho atesta que o elenco está "fechado". "É uma família para mim, um grupo sensacional, com muita união fora de campo. Brincamos bastante entre nós, mas sabemos da importância dos treinamentos e do foco de voltar para a Primeira Divisão", garante.

ClássicoPM pede alterações para duelo entre Atlético e Paraná ser no Ecoestádio

Apesar dos questionamentos sobre a capacidade de sediar um clássico, o Ecoestádio caminha para ser o local da partida entre Atlético e Paraná, dia 24 de novembro, na última rodada da Série B do Brasileiro.

Em reunião realizada na quarta-feira entre representantes dos clubes e da Polícia Militar (PM), porém, foi acordada a necessidade de adequações para a praça esportiva receber o confronto. Ontem, houve uma visita ao local, onde foram apontadas as alterações necessárias por motivo de segurança.

Apesar de a PM não confirmar, é provável que o Ecoestádio, hoje com capacidade máxima liberada para 10 mil pessoas, tenha esse número reduzido. Locais específicos para detenção temporária e para triagem, por exemplo, também teriam sido pedidos. Uma nova reunião deve ocorrer nas próximas semanas para verificar o cumprimento das exigências da PM.

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