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Mario Celso Petraglia, dirigente do Atlético. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Mario Celso Petraglia, dirigente do Atlético.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, publicou em seu perfil pessoal no Facebook uma resposta ao jornalista Juca Kfouri. Em seu blog no UOL, Kfouri publicou que o cartola atleticano, após fazer campanha por Jair Bolsonaro, deve “ser o oráculo do presidente eleito para o futebol”.

“Lamentável a nota maldosa no blog do Juca Kfouri sobre nossa participação na campanha do presidente eleito #JB17 visando cargos e intenções de desencontros! Nossa posição e demonstração de apoio pelo projeto vencedor foi com um único objetivo, termos o melhor para o nosso Brasil”, escreveu Petraglia.

Segundo Kfouri, Petraglia seria uma “arma” de Bolsonaro contra a CBF e a Rede Globo. O Furacão tem contrato com o Esporte Interativo para TV fechada e é um dos clubes que não assinou com a Globo para a transmissão do Nacional em canal aberto.

O dirigente usou a rede social ainda para atacar Kfouri e revelar que manteve conversas com o jornalista para “lhe mostrar o mal que seu partido PT e seus ídolos fizeram ao nosso povo nos últimos 16 anos”. Curiosamente, o Atlético esteve ao lado dos presidentes do PT, Lula e Dilma Rousseff, quando da realização da Copa do Mundo de 2014 na Arena da Baixada.

Jonathan Campos/Gazeta do povo

Para a eleição do último dia 28, Petraglia fez campanha por Bolsonaro contra o candidato do PT, Fernando Haddad, e utilizou o Atlético. O Furacão chegou a ser punido pelo uso de camisetas amarelas na véspera do primeiro turno das eleições. O material continha a frase “Vamos todos juntos por amor ao Brasil”, slogan que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) considerou político e que não foi autorizado.

No último sábado (27), um dia antes do segundo turno, a equipe usou um polêmico uniforme amarelo – cor que sempre acompanhou a campanha de Bolsonaro. Na mesma noite, quando Furacão derrotou o Botafogo, torcedores foram impedidos de entrar na Arena da Baixada com adesivos de Fernando Haddad (PT).

Petraglia tem ido a Brasília com frequência nos últimos meses. Um de seus objetivos é fazer lobby para acelerar a votação da proposta que reformula a legislação do esporte e trata, entre outros temas, sobre normas trabalhistas, tributação e também da criação da figura jurídica da Sociedade Anônima de Futebol.

O último ponto, aliás, reforça a natureza de clube-empresa e dá aos clubes a possibilidade terem capital aberto em bolsas de valores.

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