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Marcelo Amoretty, Mario Celso Petraglia e Loic Lacam, presidente da Inoovi, em entrevista coletiva na Arena da Baixada. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Marcelo Amoretty, Mario Celso Petraglia e Loic Lacam, presidente da Inoovi, em entrevista coletiva na Arena da Baixada.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O Atlético anunciou nesta sexta-feira (29) a parceria com a Inoovi Ltd., grupo francês desenvolvedor da moeda virtual chamada de “IVI”. O negócio foi apresentado pelo presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia e pelos representantes da empresa, em entrevista coletiva na Arena da Baixada. O clube, inicialmente, irá promover a criptomoeda. No futuro, sem prazo estipulado, pretende usá-la para efetuar transações com atletas e até mesmo pagar salários dos jogadores.

“Estão sendo escolhidos os principais clubes do mundo para participar desta inovação. Esta é uma moeda que fará parceria e lançará o seu negócio através do esporte. Os clubes envolvidos e também o Atlético terão a obrigação de realizar a promoção da moeda IVI e da empresa detentora da propriedade. É negócio para gente grande”, explica Petraglia.

O Atlético fará a propaganda da IVI através de propagandas no uniforme e ações de marketing. O lucro para os cofres rubro-negros virão conforme o crescimento da moeda no mercado de ações. “Peço que a nação atleticana acredite e invista [na IVI] com seus recursos de poupança. Com isso, o Atlético terá indiretamente um lucro e uma vantagem financeira”, pede o dirigente, que prometeu investir parte de suas reservas financeiras privadas na iniciativa.

O torcedor que comprar a moeda virtual no site da empresa pode revender o produto posteriormente. Se a cotação estiver mais alta do que na compra, tem lucro; se estiver mais baixa, prejuízo. “Funciona como qualquer ação. O público entra no site e faz a compra da moeda na quantidade que quiser. Nós estamos apostando que com a ajuda dos clubes é a tendência é a moeda valorizar”, finaliza o presidente do Deliberativo.

Petraglia explica também que o Atlético ganhará um pagamento inicial “muito pequeno” para a promoção da marca. Até por isso, o risco seria muito pequeno. “Sempre há riscos. Mas há várias formas de riscos: financeiro, de imagem, de desgaste pessoal, de marca. Pelo que nos foi oferecido, para nós é praticamente nulo em termos pecuniários”, comentou o cartola. A ideia do clube é entrar no negócio para futuramente realizar transações de atletas, pagamentos de salários e luvas em moeda virtual.

Além do Atlético, a Inoovi firmou parceria no Brasil com o Corinthians. Segundo o advogado da empresa francesa no país, Marcelo Amoretty, clubes da Europa também estão na mira do grupo. “No Brasil escolhemos Atlético-PR e Corinthians. Procuramos os maiores clubes de cada país, como Espanha, Inglaterra, Ucrânia, Turquia, além de países asiáticos”, garante o representante.

A empresa, sediada em Hong Kong, tem apenas quatro meses no mercado e a moeda virtual promete circular especificamente no mundo dos esportes. Na cotação atual, 1 IVI equivale a US$ 1,2. De acordo com Amoretty, a criptomoeda já vale dez vezes mais do que sua cotação inicial. A duração do contrato entre Atlético e Inoovi não foi estipulada. “Depende dos resultados”, afirma Petraglia.

Veja a entrevista completa:

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