Atlético prepara teste final para o Ecoestádio no sábado

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O embate entre Atlético e Ceará, no sábado (21), às 15h, não servirá apenas de prova para o time de Ricardo Drubscky mostrar que é capaz de retornar à Série A, mas, principalmente, como exame final para o Ecoestádio.

Improvisado para receber os jogos do Furacão, o singelo estádio às margens da BR-277 contabilizará o maior público da história – batendo na capacidade máxima após a instalação das arquibancadas metálicas.

O principal desafio da organização rubro-negra é o fluxo de entrada para o público. A capacidade total da praça esportiva é de 8.660 lugares, mas será reduzida em aproximadamente mil lugares como precaução para aliviar a estrutura temporária.

Por enquanto, o local só foi testado em duas ocasiões, ambas em horário comercial. Nas duas, apresentou problemas.

No duelo com o Boa (4/9), grande parte dos atleticanos só conseguiu entrar no in­­tervalo, formando uma grande fila do lado de fora. Na ocasião, havia apenas de 3.392 espectadores.

Contra o CRB (11/9), a situação melhorou, mas mesmo assim houve fila para acomodar os 3.585 fãs (recorde da praça esportiva). Eram dez catracas disponíveis ao todo.

Para o embate com o Ceará, há ainda a preocupação com a segurança. Apesar de não ser um clássico, a partida vai receber atenção especial da Polícia Militar. O motivo não é a quantidade de pessoas, mas a torcida organizada Cearamor, que é aliada da Império Alviverde, do Coritiba.

O temor é exatamente porque torcedores coxa-brancas comparecerão ao estádio para acompanhar integrantes da facção nordestina.

"Vamos redobrar a atenção para a partida. Quando uma das torcidas [de Curitiba] se junta com a torcida do adver­sário é algo que complica. Por isso, vamos até mesmo conduzir uma escolta", adiantou o comandante do 1.º Comando Regional da PM, o coronel Ade­­mar Cunha Sobrinho. A escolta sairá da sede da Império, ao lado do Estádio Couto Pereira.

O jogo, inclusive, servirá para a PM preparar o esquema de segurança do clássico da última rodada da Segundona, entre Atlético e Paraná. "Com certeza, o jogo do Ceará vai ser uma base para o clássico", comentou Cunha Sobrinho.

Como medida para evitar conflitos, a diretoria atleticana não vai disponibilizar a venda de ingressos para os visitantes no local da partida. Toda a carga de bilhetes desti­nada aos visitantes será entregue diretamente ao Ceará, que fará a comercialização.

A preocupação é com a presença de rubro-negros entre os adversários, o que ocorreu nas partidas diante do Boa e do CRB, já que somente sócios podem ficar no local reservado à torcida do Furacão.