Obras não devem tirar o Furacão da Arena
Antes dada como certa pela diretoria do Atlético, a necessidade de o Rubro-Negro deixar de jogar na Arena da Baixada durante a temporada 2010 para as obras visando à Copa de 2014 foi revista pelo clube. A cúpula atleticana garante que, em um primeiro momento, conseguirá realizar a construção e as adaptações do estádio em etapas, sem prejudicar o time de futebol nas competições das quais vai participar.
Copa 2014
Morumbi não tem substituto
Agência Estado
Rio - O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, disse ontem que o Morumbi é o único estádio de São Paulo para a Copa de 2014. "Não existe um plano B para São Paulo. Lá é o Morumbi", declarou o dirigente, que participou no Rio do 3º Seminário de Turismo das sedes do Mundial no Brasil. Apesar de o Morumbi seguir gerando polêmica, Ricardo Teixeira ressaltou que os aeroportos são o principal problema estrutural do Brasil. "Essa é uma preocupação. Um desafio que terá de ser vencido. As pessoas vão se deslocar pelo país nos intervalos de 72 horas nos jogos de suas seleções, o que vai exigir a modernização e ampliação dos nossos aeroportos".
Um retorno incalculável com a mídia gratuita de receber a seleção brasileira em preparação para a Copa do Mundo. O Atlético nem sabe como medir o que vai ganhar em troca pela presença do time de Dunga durante uma semana no CT do Caju às vésperas do Mundial da África do Sul, no ano que vem.
A exposição do patrimônio rubro-negro internacionalmente, já fez o clube reforçar a ideia de tentar vender o naming rights (direitos sobre o nome) não só da Arena, mas também do CT. Na avaliação do marketing da Baixada, a batalha para conseguir patrocinadores será facilitada pela presença de Kaká, Robinho e cia.
"O CT já era uma das propriedades para a negociação de naming rights e agora isso certamente ganha mais força", garante o coordenador de marketing atleticano Roberto Karam.
Se por um lado o Rubro-Negro não cobrará nada da CBF para abrigar os craques da equipe nacional, por outro já começa a vislumbrar lucros no futuro. A ideia é ampliar o leque de contatos para receber times e seleções que queiram fazer períodos de treinamentos no Caju.
"Hoje (ontem) mesmo já recebemos uma consulta de um clube para uma pré-temporada no ano que vem", disse o presidente Marcos Malucelli, sem revelar de qual país veio a consulta, apenas afirmando que não é do continente europeu.
Com diárias pagas em dólar, o Furacão recebe há cinco anos o Dallas, dos Estados Unidos, em suas dependências durante um período da temporada. Para 2010, há possibilidades de o Olimpi Rustavi, da Geórgia, e da seleção georgiana fazerem o mesmo. No entanto, a intenção dos atleticanos é aproveitar a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014 para abrigar hóspedes ainda mais importantes.
"A repercussão por recebermos a seleção sem dúvida já começou e está sendo muito boa na mídia nacional e internacional", avaliou Malucelli. "Já há alguns contatos iniciados com a participação do poder público. Tanto na Copa das Confederações como no Mundial poderemos ter grandes seleções por aqui", afirmou Karam.
Em tempos recentes trancafiada a sete chaves, a estrutura do CT no momento é o maior orgulho dos atleticanos e pode virar também uma boa fonte de receita para o clube.
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