• Carregando...

O Atlético não fez uma apresentação exuberante nesta quarta-feira, mas com um gol de Evandro, de pênalti, o time venceu a Portuguesa Londrinense por 1 a 0 em jogo válido pela 4.ª rodada do Campeonato Paranaense. Após o apito final do árbitro, diante de um desempenho de médio para regular do seu time, vaias foram ouvidas entre os torcedores do Furacão. (Assista aos gols da rodada)

Além do baixo índice técnico, apesar de alguns momentos de correria e boa troca de passes, o jogo foi marcado pela reclamação dos jogadores e comissão técnica da Portuguesa. Na saída para os vestiários, os atletas e o treinador acusaram o árbitro Edivaldo Elias da Silva de favorecer o Atlético na marcação do pênalti que originou o gol dos anfitriões.

"Se é do outro lado, ele não dá. É difícil trabalhar no futebol e acabar perdendo por causa de um lance desse aí, que acaba nos prejudicando em todos os sentidos. É duro trabalhar e trabalhar, jogar como jogamos e acontecer isso. Foi uma vitória achada pelo árbitro em favor do Atlético", resumiu o técnico João Valim.

A partida

O jogo começou quase assustador para os 2.928 torcedores que estiveram nas cadeiras da Arena da baixada. O Atlético parecia displicente em campo e os jogadores da Lusinha, bem instruídos pelo técnico João Valim, faziam a marcação com eficiência e saiam em ataques rápidos pelos lados do gramado.

A pressão da Portuguesa surtia efeito, já que aos poucos os ataques iam aparecendo. Aos 5 minutos de jogo Danielzinho apareceu sem marcação e chutou forte, de primeira, para grande defesa do goleiro Vinicius. Até os primeiros 15 minutos de jogo a partida foi ruim para o Atlético, já que o time não conseguia fazer as triangulações e o setor criativo do time era ineficaz.

O técnico João Valim ordenava que seus alas atuassem nas costas dos volantes do Atlético, fechando as jogadas em diagonal. Pela meia cancha dos visitantes, o veterano Aléssio – com seus 36 anos – atuava como organizador de grande parte das jogadas da Lusa. Quando roubava a bola, o Furacão não conseguia sair em velocidade e desperdiçava com freqüência boas chances de gol.

Atônito diante da fragilidade do seu time, o técnico Ivo Secchi liberou os alas, para que eles pudessem descer e apoiar o ataque, adiantando o jogador Erandir para a cabeça de área. Com isso, Chico passou para a armação e o Rubro-Negro cresceu visivelmente de produção. Melhor jogador em campo, Rogerinho ganhou a bola e fez o passe para Rodrigão. Na hora do arremate, o atacante foi travado e evitou o iminente gol do Atlético.

A qualidade da partida melhorou muito quando o Furacão finalmente "entrou no jogo". As jogadas eram criadas com mais freqüência e o gol era apenas uma questão de tempo. Os jogadores do Atlético reclamaram muito quando aos 37 minutos o atacante Jonatas foi derrubado, mas o árbitro não marcou nada. Aos 40, pouco depois, o zagueiro Baesa quase marcou para os visitantes numa rápida descida pela esquerda.

Mudanças no time e na atitude

Para o segundo tempo o técnico Ivo Secchi decidiu modificar a equipe para aproveitar o crescimento do time nos minutos finais da 1.ª etapa. Com a entrada de Edimar, no lugar de Wellington, o comandante atleticano deslocou o ala Rogerinho para o setor criativo e deixou Edimar em sua função. Com isso, o time deveria soltar mais a bola e arquitetar novas jogadas.

Já na Portuguesa o técnico João Valim queria aproveitar que o time fez um bom primeiro tempo e tirou o volante Marcelo Neuma e colocou mais um atacante, Marcos Vinicius, com a camisa 18.

As mudanças foram bem recebidas pelo time e logo aos 5 minutos da segunda etapa o Furacão abriu o placar. Em bola lançada na área, Rodrigão subiu para cabecear e foi puxado pelo marcador Luiz Henrique. O árbitro percebeu a irregularidade e marcou pênalti para o Atlético. Evandro partiu para a cobrança e com um chute preciso, no canto direito do goleiro, abriu o placar para a alegria dos torcedores atleticanos.

O time da casa melhorou nos primeiros minutos do segundo tempo, principalmente pela liberdade que Rogerinho recebeu. Aos 15 minutos o ala recebeu a bola, fez a finta e tocou para vencer o goleiro. No último instante, quando a bola ia entrando, o zagueiro Luiz Henrique apareceu para evitar o 2.º gol do Atlético.

Mas aos poucos o time do Atlético caiu de rendimento. Com a saída de Jonatas e a entrada de Ricardinho, o time perdeu poderio ofensivo e viu a Portuguesa crescer de produção novamente. Danielzinho e Douglas, além do jogador Pires – que entrou no lugar de Marcos Vinicius – comandavam o ataque dos visitantes e a ameaça a soberania de Vinicius também crescia com o passar dos minutos.

É bem verdade que nenhuma jogada da Lusinha levou perigo real ao gol atleticano, mas o domínio da bola irritou os torcedores que ensaiavam vaias nas arquibancadas. O tempo foi passando e o Atlético conseguiu consolidar a vitória, mas o clima na Arena ficou pesado com os apupos que surgiram em seguida ao apito final do árbitro.

Confira como ficaram os times na classificação do Paranaense

Acompanhe os outros resultados da 4.ª rodada do Estadual

Veja quais serão os próximos jogos de Atlético e Portuguesa

Ivo Secchi exalta resultado, apesar das vaias da torcida

Técnico da Portuguesa critíca desempenho de árbitro

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]