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Brasileiro Felipe Massa deixa a prova australiana na primeira curva: “Faltou cabeça para Kobayashi”, lamentou | Jason Reed/  Reuters
Brasileiro Felipe Massa deixa a prova australiana na primeira curva: “Faltou cabeça para Kobayashi”, lamentou| Foto: Jason Reed/ Reuters

GP da austrália

Confira o resultado final*:

1º Nico Rosberg (ALE/Mercedes)

2º Kevin Magnussen (DIN/McLaren)

3º Jenson Button (ING/McLaren)

4º Fernando Alonso (ESP/Ferrari)

5º Valtteri Bottas (FIN/Williams)

6º Nico Huelkenberg (ALE/Force India)

7º Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari)

8º Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso)

9º Danill Kvyat (RUS/Toro Rosso)

10º Sergio Pérez (MEX/Force India)

11º Adrian Sutil (ALE/Sauber)

12º Esteban Gutierrez (MEX/Sauber)

13º Max Chilton (ING/Marussia),

Não completaram a prova

Jules Bianchi (FRA/Marussia)

Romain Grosjean (FRA/Lotus)

Pastor Maldonado (VEN/Lotus)

Marcus Ericsson (SUE/Caterham)

Sebastian Vettel (ALE/Red Bull)

Lewis Hamilton (ING/Mercedes)

Felipe Massa (BRA/Williams)

Kamui Kobayashi (JAP/Caterham)

* Segundo colocado na pista, Daniel Ricciardo foi desclassificado da prova por irregularidade no uso do combustível do seu carro.

A nova era turbo na F-1

Treino é treino, jogo é jogo. Na F-1, esta máxima do futebol também é bem verdadeira, sobretudo para analisar a pré-temporada. Só que, no caso desta nova categoria em 2014, os testes em Jerez de la Frontera e no Bahrein serviram, sim, de importante referencial para tentar entender o que veríamos no primeiro GP do ano, ontem, na Austrália. A prova confirmou a análise de que a equipe Mercedes é a grande favorita de 2014. Hamilton fez a pole e Rosberg venceu, ambos com certa facilidade, mostrando que, no quadro atual de força, estão bem à frente das rivais. Quem consegue acompanhar o ritmo é justamente o pelotão de times com motor Mercedes, como McLaren, Williams e Force India (nesta ordem, por sinal).

Mas isso não significa que a taça ficará decidida entre Rosberg e Hamilton. Afinal, o inglês não completou a corrida, mostrando que, mesmo para o time que fez a melhor lição de casa na pré-temporada, ainda há muito a aprender com este novo regulamento, que produziu a maior mudança da F-1 nos últimos 20 anos. Para um "tiozinho", como alguns amigos brincaram ontem no Twitter, que começou a ver a F-1 nos anos 1980, ainda criança e empolgado com as vitórias de Nelson Piquet e Ayrton Senna, esta nova categoria de 2014, com a volta da era turbo, produz uma nostalgia interessante.

As semelhanças são muitas: carros mais difíceis de controlar (escapadas de traseira foram constantes), equipes de ponta sofrendo com a confiabilidade do carro (a Lotus foi a grande decepção, com carros quebrando e andando mal também). E, sobretudo, pilotos novatos com mais chance de mostrar serviço, vide Daniel Ricciardo e o impressionante Kevin Magnussen.

Para Felipe Massa, a estreia teve a frustração de ser abalroado na primeira curva por Kobayashi. Apesar disso, fica a confirmação da boa fase da Williams com a ótima corrida de seu companheiro de equipe – Bottas foi um dos protagonistas da corrida com belas ultrapassagens.

Na primeira era turbo, o fã vibrava com as vitórias brasileiras. Nesta nova F-1, não temos mais Piquet e Senna, é verdade, mas já acumulamos mais 20 anos de conhecimento deste esporte para apreciar um espetáculo que, pelo que vimos ontem, também vai marcar uma era.

Rodrigo França

  • Alemão Nico Rosberg abre era Mercedes na F1

Felipe Massa não escondeu a irritação ao deixar sua Williams na área de escape, após ser atingido na traseira por Kamui Kobayashi, logo após a largada do GP da Austrália de Fórmula 1 (vencida por Nico Rosberg, da Mercedes). Diante do azar na estreia pela equipe inglesa, o brasileiro fez críticas ao japonês e cobrou uma punição severa ao piloto da Caterham. "Eu não tenho a menor ideia do que ele tentou fazer. A gente tem que procurar a FIA para tentar punir isso, tem que ser investigado. O que ele fez é até perigoso. Tomei uma porrada na traseira muito forte. Não tenho o que falar, o carro estava em boa condição, eu poderia fazer uma boa corrida", disse Massa.

Para o brasileiro, o japonês "não usou a cabeça". "O problema foi que, sem dúvida, ele não usou a cabeça. Na pista não tem isso de amigo. Lá dentro tem a competição, não tem essa de amigo. E o Kobayashi acabou não usando a cabeça", disse o piloto da Williams, referindo-se ao conhecido estilo imprudente do rival.

Apesar das reclamações de Massa, o japonês escapou de uma punição horas após o fim da corrida. Os comissários da prova absolveram Kobayashi porque constataram que a batida fora causada por uma falha técnica no carro do piloto. "O acidente foi causado por um problema técnico que estava completamente fora do controle do piloto", explicaram os comissários.

Fora da corrida, em razão da batida, Kobayashi lamentou o acidente e pediu desculpas ao brasileiro pelo Twitter. "Fui informado de que uma falha no sistema de freios causou o acidente. Desculpe, Felipe, mas não foi meu erro", disse o japonês, que voltou a disputar uma corrida da F1 neste domingo após passar um ano afastado da categoria.

O acidente em Melbourne não desanimou Massa. Ele ficou satisfeito com o rendimento do carro E projetou bons resultados nas próximas etapas. "Foi uma pena, mas o time poderá tirar um monte de coisas positivas deste fim de semana em termos de ritmo e confiabilidade do carro. Agora já estou pensando na próxima corrida (no dia 30, na Malásia) e em buscar um resultado forte lá", declarou.

Após vitória, Nico exalta a Mercedes

Nico Rosberg exaltou as qualidades de sua Mercedes, após faturar a vitória no GP da Austrália, o primeiro da Fórmula 1 em 2014. O piloto alemão venceu a prova praticamente de ponta a ponta e cruzou a linha de chegada com 24 segundos de vantagem para o segundo colocado, o local Daniel Ricciardo.

Ao comemorar sua quarta vitória na F1, Rosberg se mostrou impressionado com o ritmo da Mercedes. "Eu tive um carro inacreditavelmente rápido. Foi um prazer tão grande pilotá-lo, uma grande sensação. Já estou ansioso para as próximas corridas", disse o alemão, cujo pai, Keke Rosberg, campeão em 1982, venceu a primeira edição da prova australiana na categoria, em 1985.

Ele destacou também a confiabilidade do carro, qualidade mais admirada nas equipes neste início de temporada, apesar do abandono do companheiro Lewis Hamilton na quarta volta. "Agradeço a todos que trabalharam duro durante o inverno para termos agora este carro irreal. A confiabilidade também estava boa. Então, tive um início de temporada perfeito", ressaltou.

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