Londres - Nos 200 m feminino para atletas cegas bateu na trave, mas nos 100 m não teve jeito. O Brasil conseguiu pela primeira vez na história das Paralimpíadas um pódio triplo. Terezinha Guilhermina conquistou o ouro e foi seguida por Jerusa Santos, medalhista de prata, e Jhulia Karol, bronze.
No pódio, as brasileiras levantaram o público no Estádio Olímpico de Londres. Jerusa e Jhulia foram carregadas no colo pelos seus guias até o local em que receberam a premiação. Já Terezinha e seu guia Guilherme Santana preferiram entrar dançando uma espécie de "valsa da vitória".
A segunda conquista dourada de Terezinha veio com recorde mundial: 12s01. "Essa era uma prova que não consegui ganhar em Pequim. Agora venci e fiz a melhor marca do mundo. É um presente muito especial", disse a campeã, que chorou muito no momento da execução do Hino Nacional.
A conquista foi significante também para outras medalhistas brasileiras. Jerusa Santos teve de correr com um guia reserva, pois seu marido Luiz Barbosa auxiliar titular teve uma lesão muscular na véspera da final.
Já Jhulia Karol, a caçula do trio, com 20 anos, conseguiu se livrar da frustração de ter perdido a medalha de bronze na prova dos 200 m. Naquela ocasião, durante cerca de uma hora e meia ela foi confirmada como dona do bronze, mas a organização cancelou a desclassificação da chinesa Jia Juntingxian e tirou a paraense do pódio.
"Aquela medalha era minha e foi arrancada. Por isso, busquei ainda com mais vontade nos 100 m", declarou Jhulia que, desta vez, deixou a asiática em quarto lugar. "Depois dessa chinesa ficar na nossa cola, agora não deu para ela. É muito bom ter só brasileiras no pódio", comemorou Jerusa.
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