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Lisboa - Tudo na vida da polonesa Kamila Skolimowska foi precoce. Com 14 anos e 264 dias e competindo com rivais sub-20, venceu o Europeu júnior de arremesso de martelo. Aos 17 anos e 331 dias, tornou-se a primeira campeã olímpica da prova, que estreava nos Jogos de Sydney-00. Só não é a mais jovem vencedora do atletismo olímpico porque a alemã Ulrike Nasse-Meyfarth foi ouro no salto em altura em Munique-72 aos 16.

Na noite de quarta-feira, Kamila desmaiou quando fazia musculação durante treinamento da equipe polonesa na Vila Real de Santo Antonio, em Portugal. Estava acompanhada por outros sete atletas e três treinadores. "Pouco depois, ela se levantou e quase foi andando até a ambulância. Em seguida, desmaiou e não pôde mais ser reanimada", contou João Cabrita, diretor do complexo.

Segundo João Paulo Almeida, coordenador do centro de saúde da cidade, uma cardiopatia hipertrófica é a causa mais provável da morte da arremessadora de 26 anos. A atleta teve uma fibrilação ventricular (transtorno do ritmo cardíaco) que causou falha no bombeamento sanguíneo.

"É a mesma doença que matou Serginho, Feher, Foe...", enumera Nabil Ghorayeb, especialista em cardiologia do esporte, citando mortes ocorridas nos campos de futebol. "Essa doença é genética, mas os esteroides anabólicos podem desencadear arritmias ou aumentar a espessura da parede do coração", diz o médico.

Oficialmente, não é o caso de Kamila. A atleta nunca havia sido flagrada em teste nem teve resultado suspeito investigado.

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