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Vanderlei Luxemburgo passou a semana em dúvida se escalava Aranha ou Carini no time titular. A incerteza deixava claro que o treinador não tinha 100% de confiança em suas opções para o gol. O empate do Atlético-MG com o Ipatinga neste domingo, por 1 a 1, justificou a indecisão do comandante. O gol que tirou dois pontos do Galo saiu de uma falha grosseira do goleiro escolhido: Carini deixou passar por entre suas pernas um chute despretensioso de Jajá, aos quatro minutos do segundo tempo. O drama só não foi pior porque a zaga do Ipatinga também cochilou e permitiu que Muriqui cabeceasse livre de marcação, aos 41.

Com o empate, o Atlético manteve a quinta colocação no Mineiro, com cinco pontos. O Ipatinga vem em sexto, com quatro.

Na próxima rodada, o Atlético-MG enfrenta o Tupi, sábado, às 17h, no Mineirão. O Ipatinga recebe o Uberlândia, sexta, às 19h30.

O jogo

O Atlético-MG começou o jogo ensaiando uma pressão, mas o ímpeto durou menos de cinco minutos. Inteligentemente, o Ipatinga esfriou a partida com toques curtos, controlando o jogo durante quase todo o primeiro tempo. Para se ter uma ideia, aos 20 minutos o time visitante já tinha três escanteios a seu favor, contra apenas um do Galo.

O trio ofensivo armado por Vanderlei Luxemburgo tinha dificuldades para receber a bola. Muriqui e Tardelli eram bem vigiados. Obina recuava para buscar jogo, mas não tinha êxito. Aos 19, o estreante arriscou sua primeira finalização, sem perigo algum. Obina dominou a bola de costas e conseguiu girar, deixando o marcador para trás. Depois do drible, o erro: o atacante se empolgou com a jogada e decidiu arriscar de fora da área, acertando o zagueiro Max.

Para sorte do Atlético, o Ipatinga, apesar do domínio, não conseguia finalizar bem. O time de Vanderlei Luxemburgo, por sua vez, só foi conseguir uma chance clara aos 29. Obina recebeu na esquerda e rolou para Fabiano, que, de primeira, esticou para Tardelli. O artilheiro do Brasileiro do ano passado teve calma. Ameaçou chutar, tirou dois marcadores da jogada, e bateu colocado. Thiago Matias levantou a perna e cortou a trajetória da bola, comemorando como se houvesse marcado um gol.

A torcida se empolgou com a jogada, mas a cobrança de escanteio deixou novamente o Mineirão apreensivo. O Ipatinga roubou a bola e armou contra-ataque perigoso. Francismar deixou Amílton na cara do gol, mas o atacante foi lento. Leandro chegou na recuperação e evitou a finalização.

Nos dez minutos finais do primeiro tempo, o Galo cresceu e não abriu o placar por muito pouco. Luxemburgo percebia a deficiência do time na armação das jogadas e se irritava principalmente com Coelho, pedindo que o lateral desse mais opções pela direita. O jogador ouviu a instrução e passou a apoiar mais. Em uma dessas subidas, aos 43, Coelho cruzou na cabeça de Muriqui, mas o atacante, mesmo livre, cabeceou em cima do goleiro Douglas. Dois minutos depois, Coelho cobrou escanteio e Fabiano cabeceou no travessão.

Frango, mudanças no atacado, vaias e empate sofrido no segundo tempo

Se o Atlético terminou a primeira etapa sentindo que seu primeiro gol era questão de tempo, um chute de Jajá logo aos quatro minutos do segundo tempo foi um balde de água fria na expectativa do torcedor. A finalização foi de longe, no meio do gol, mas Carini conseguiu deixar a bola entrar: 1 a 0 Ipatinga.

Depois do gol, o Atlético se lançou todo ao ataque em busca da reação, pressionando o Ipatinga em alguns instantes. Aos 13, Tardelli fez bom giro em cima de Max Carrasco e cruzou. O goleiro Douglas foi tentar cortar e por pouco não fez contra. Seria o empate das lambanças dos goleiros.

Aos 15, Francismar recebeu bom passe e perdeu a chance de ampliar. Foi a gota d´água para Luxemburgo, que fez três mudanças de uma só vez: tirou Obina, Ricardinho e Fabiano para a entrada de Marques, Renan Oliveira e Carlos Alberto.

Aos 21, por pouco duas das alterações não renderam o gol de empate. Marques cruzou e Renan Oliveira emendou de primeira, por cima do travessão. Mas foi um dos raros momentos de inspiração da equipe depois das trocas. O Ipatinga, nos contra-ataques, era mais perigoso que o Atlético, que só voltou a crescer nos minutos finais, repetindo o roteiro da primeira etapa.

A diferença é que desta vez o time não ficou só no quase. Aos 32, Diego Tardelli arriscou um chute perigoso da entrada da área. A bola passou rente à trave. Aos 40, Tardelli levantou boa bola para Renan Oliveira, que emendou de primeira. Douglas defendeu. Aos 41, finalmente o alívio. Marques cruzou, Carlos Alberto ajeitou de cabeça e Muriqui completou para a rede. Um empate que diminuiu o nervosismo da torcida, mas que deixou claro que Luxemburgo ainda terá muito trabalho pela frente.

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