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O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, anunciou nesta segunda-feira que o Rio de Janeiro vai apresentar a candidatura para sediar a Olimpíada de 2016 no dia 13 de setembro. É a data estipulada pelo Comitê Olímpico Internacional para receber todas as propostas. A cidade vencedora será anunciada no dia 2 de outubro de 2009 durante a realização da 121ª Sessão do Comitê Executivo do COI, que acontecerá em Copenhagen, na Dinamarca.

Por enquanto, além do Rio de Janeiro, Chicago, nos Estados Unidos, Madri, na Espanha, Praga, capital da República Tcheca, Doha, a capital do Qatar, e Tóquio, capital do Japão, demonstraram interesse em lançar candidaturas. Esta será a terceira vez que o Brasil tenta sediar as Olimpíadas: a cidade perdeu os Jogos de 2004, que foram em Atenas, na Grécia; e os de 2012, que serão realizados em Londres, na Inglaterra.

- O prazo de inscrição termina no dia 13 de setembro deste ano. Até lá o Rio vai apresentar as cartas necessárias para esta apresentação. Teremos um mês e meio para arrumar tudo isso. O prefeito César Maia já assinou a carta comigo e há o apoio do Governo Federal. O presidente da Odepa (Mario Vázquez Raña, que também é integrantes do Comitê Olímpico Internacional) considera que o Rio deve ser candidato e que será uma das cidades com chances. Estou muito animado - diz Nuzman.

No discurso na cerimônia de encerramento do Pan, o presidente da Organização Desportiva Pan-Americana, Mario Vázquez Raña, afirmou que a cidade tem capacidade para ser a próxima escolhida para sediar as Olimpíadas.

- O Rio celebrou os melhores Jogos Pan-Americanos da história. Nos vemos em 2016 – disse Raña.

COB pensa apresentar setembro como o mês olímpico

No projeto que será entregue ao COI, o Comitê Olímpico Brasileiro ainda não decidiu qual será o mês que vai sugerir para a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Segundo o presidente Carlos Arthur Nuzman será entre julho e outubro. O provável é que o mês escolhido seja setembro, que se adapta também ao atual calendário de férias europeu.

- Ainda não há nada certo. Vamos fazer um estudo para decidir qual é o mês ideal. A única coisa certa é que não será no verão carioca. Será entre julho e outubro - disse.

O COB quer evitar riscos maiores de chuvas e ressacas, que prejudicaram o andamento do Pan em julho. Por isso, a mudança de planos para o projeto olímpico. Porém, outros fatores serão levados em consideração. Como, por exemplo, as férias escolares, que diminuem o número de carros em circulação na cidade.

Tentativa de parceria com Madri

Nuzman espera uma parceria no futuro com a cidade espanhola de Madri, que também deve lançar a candidatura no dia 13 de setembro. Ele explicou que este apoio pode acontecer no futuro, e não, neste primeiro momento que o COI recebe os projetos de todas as cidades interessadas. Isso garantiria para o Rio de Janeiro votos das comunidades espanholas. Além disso, ele considera que o COI não vai escolher, novamente uma cidade européia para sediar os Jogos em 2016. Em 2004, Atenas, capital da Grécia, recebeu as Olimpíadas. E em 2012 será a vez de Londres, na Inglaterra. Além disso, Barcelona, na Espanha, recebeu a Olimpíada em 1992.

- Não pode acontecer uma concentração em um único continente. Não faz parte do espírito olímpico. Por isso, o momento de oportunidade é mais nosso do que deles. O problema é muito maior de Madri do que do Rio. É a única cidade européia por enquanto. Elas (cidades européias) entendem que o continente ficou lotado de grandes eventos esportivos nos últimos. E as principais cidades escolheram 2020 para lutar por uma nova Olimpíada - disse Nuzman, que ainda tem como trunfo o fato de nunca os Jogos Olímpicos terem sido realizados na América do Sul

- Na América Latina só ocorreu em 1968, no México. Na América do Sul, nunca. Não vamos ganhar a Olimpíada de presente, mas é algo positivo. E o Rio de Janeiro mostrou durante o Pan que pode realizar um grande evento.

Promessa de que erros no Pan serão analisados

Sobre os problemas apresentados durante o Pan, principalmente em algumas instalações como o beisebol e o softball, Nuzman disse que vai analisar o que deu de errado para apresentar um novo projeto ao COI.

- Temos que rever como funcionaram as instalações durante os jogos pan-americanos e ver os problemas para solucionar e qualidades para destacar e apresentar ao COI. Vamos ter que ajustar algumas instalações por causa de necessidades que as Olimpíadas exigem e o Pan, não - disse Nuzman.

Nuzman mininizou os problemas com os ingressos ocorridos durante o Pan. Muitas pessoas encontraram dificuldades de trocar os vouches das compras pela Internet pelos tickets para entrar nos locais de competição. Houve também casos de dois ingressos com o mesmo número de lugar nos ginásios. Para isso, o presidente do COI mostrou números do Pan.

- Foram vendidos mais de 1 milhão de ingressos (1.024.741 segundo o COB) e tivemos apenas 0,3% de problemas (3.395 ingressos). O que é quase zero. Mas alguns problemas em uma ação deste tamanho vão acontecer. Isso nunca foi feito antes no Brasil.

Vaias não atrapalharão, aposta Nuzman

Segundo Nuzman, as constantes vaias da torcida brasileira nas instalações, desde a cerimônia de abertura ao encerramento no Pan, não devem prejudicar a candidatura do Rio de Janeiro.

- As vaias não tem prejuízo nenhum para a candidatura do Rio de Janeiro para ser sede olímpica. Não existe nas 19 exigências do COI qualquer referência a isso. E não foi generalizado.

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