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Não foi um jogo digno da história dos grandes clássicos entre os dois rivais. O empate ficou melhor para o Coritiba. A escalação de um único atacante de ofício, Ariel, deu o tom da preocupação do Alviverde. René Simões não quis correr riscos maiores. Jogando na Baixada, predominantemente atleticana, optou pela cautela. Algo que explica o melhor comportamento do Atlético no primeiro tempo, mesmo com poucas finalizações, exigindo pouco do goleiro Vanderlei. Paulo Baier parece ser o novo Netinho do Atlético. É o dono das execuções de bolas paradas e nem sempre acerta. No quesito criatividade está devendo muito. Com dois atacantes, Rafael Moura e Wallyson, o time de Waldemar Lemos fez clara opção pela vitória, mas não foi feliz. Faltou qualidade técnica e o jovem Wallyson reclamou muito mais do que deveria.

Os nossos jogadores têm o péssimo defeito de reclamar das marcações já definidas pela arbitragem. Um erro que determina a aplicação de cartões tomados sem necessidade. Marcelinho Paraíba é professor também nesta matéria. Tem se cuidado mais, reclamado menos e poupado o Coritiba de ausências provocadas por reclamações inconsistentes. Um golpe para o Coritiba foi a substituição de Ariel por Bruno Batata. O guerreiro argentino saiu machucado. O poder de fogo da equipe foi reduzido. As finalizações ficaram mais raras e Batata jogou pouco. Como o futebol do Coritiba passa necessariamente por Marcelinho Paraíba e o craque não esteve bem, o time do Alto da Glória esteve longe de alcançar a vitória. Um jogo sem brilho, felizmente limpo e de arbitragem normal. Na classificação, as coisas ficaram como estavam. Os dois fora da zona de rebaixamento e sem posição honrosa, ainda.

Paraná esperançoso

Duas vitórias consecutivas e os dois próximos jogos em casa. O técnico Sérgio Soares está dominando a qualidade de cada jogador, escala melhor e cobra com vibração a produção da equipe. Já apagou a péssima impressão do primeiro jogo. Gostei dos zagueiros Élton e Gabriel e os gols marcados por Davi e Alex Afonso contra o Guarani. O Tricolor adiciona à vitória o feito grandioso de quebrar a invencibilidade do time de Campinas, jogando um futebol de boa aplicação e compromisso sereno com o resultado. Para um clube com tantos problemas – a falta de dinheiro o mais sério – sair da zona do rebaixamento e dar uma alegria à sua torcida faz bem ao Paraná. Além de tudo, um pouco de oxigênio renovado para o presidente trabalhar os números que quase fundem a sua cabeça permanentemente. Para quem recebe míseros R$87 mil por mês da CBF por direitos de transmissão, um pouco mais de torcedores no estádio é um bom negócio.

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