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Finalmente os paranistas resolveram sacudir o clube. Depois de tantos fracassos no futebol e muita revolta da torcida, algumas personalidades de influência na vida tricolor acordaram e fizeram despertar o gigante adormecido.

Não é difícil compreender a situação deste momento do Paraná. Nasceu em berço de ouro e com os filhos pródigos que gerou nos primeiros anos, criou condições para que os aproveitadores, incompetentes e desorientados para o exercício do poder chegassem ao comando do clube.

O Paraná passou por crises político-administrativas sérias. Péssimas gestões, dinheiro mal- gasto, degradação do parque social – um dos melhores do Brasil – e absoluta ausência de planejamento. Uma das coisas mais doídas desse processo foi a omissão condenável dos quadros diretivos – em todos os níveis – mesmo depois de tantas e bem fundamentadas ad­­vertências.

Gente de qualificação pessoal, profissional e empresarial se ausentou da vida do Tricolor.

Aprendi em política que quando as pessoas capazes e honestas se afastam, estão ce­­­dendo espaço para os aventureiros. Grande verdade. A vida pú­­­blica brasileira está vivendo criminosa degradação porque traficantes, assassinos, delinquentes de todas as espécies, usam o poder econômico para buscar em cargos de relevância as facilidades que a vida honesta não lhes concede.

O drama do Paraná tem alguma semelhança com esta realidade que acabo de traçar. Esgotada a geração de paranistas campeões, vieram os presidentes que causaram males pro­­fundos à vida do clube que nasceu para ser muito grande e se perdeu no meio do caminho. Para ser justo, concedo ao atual presidente o direito de ser considerado vítima de tantos descalabros praticados por antecessores.

O futuro do Paraná começou com a eleição de ontem. Os eleitos estão preparados para o exer­­cício de tarefas intrincadas. A primeira obrigação é tornar público o compromisso com as­­so­­ciados e torcedores. Sei que en­­tre os eleitos estão homens qualificados para os cargos de direção. Gente vitoriosa e que não costuma fazer da arte de trabalhar simples diletantismo.

O ano de 2010 já começou para os novos dirigentes. A partir de agora é planejar o clube para o próximo Campeonato Brasileiro.

Nada de fazer um time para o fraco campeonato estadual e depois pensar na Série B. Este erro já foi cometido reiteradamente. E o resultado todos conhecemos. Os problemas são muitos, a começar pela ausência de bons jogadores contratados para a próxima temporada.

Os que se dispuseram a trabalhar pelo Paraná conhecem melhor do que o colunista o elevado grau desses problemas. Resta o consolo de saber que os novos dirigentes são pessoas idôneas e preparadas.

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