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Com o Atlético praticamente fora da disputa e o Paraná sem revelar força técnica suficiente para ameaçá-lo, o Coritiba só tem a preocupá-lo, efetivamente, o Londrina na disputa do returno. Anteontem, em Paranavaí, o time coxa-branca voltou a apresentar volume de jogo, mais ou menos como aconteceu no empate com o Operário, mas repetiu o desperdício de ótimas oportunidades para marcar gols.

O técnico Marquinhos Santos indicou que está começando a se aproximar da formação ideal, apesar dos desfalques de jogadores importantes e, entre eles, Bottinelli, contratado para preencher a lacuna que Lincoln não consegue cobrir na formação do meio de campo com Rafinha e Alex. Lincoln até que se esforçou, enquanto Rafinha apareceu mais quando foi liberado para jogar adiantado na transformação do 4-4-2 para o 3-5-2 que o treinador vem tentando desde o começo do ano.

Alex continua adquirindo ritmo, aumentando a capacidade criativa e marcando gols, mostrando que só atuando em compromissos oficiais o atleta consegue alcançar o condicionamento ideal. Isso demonstra o equívoco cometido pela diretoria do Atlético que, inexplicavelmente, prefere manter o time titular apenas com treinamentos e partidas amistosas, mesmo com a maioria dos jogadores reclamando da falta de ritmo de jogo.

É surpreendente a atitude de Antônio Lopes e Ricardo Drubscky, profissionais respeitados e experientes, na concordância com esse verdadeiro "Conclave atleticano", com os jogadores fechados sob chave. Não falam e não jogam. Estão esperando o quê?

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Efabulativo: O cardeal Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, eleito papa Francisco, é o mais ilustre torcedor do Club Atlético San Lorenzo de Almagro. Campeão metropolitano invicto em 1968, o San Lorenzo era dirigido pelo brasileiro Elba de Pádua Lima, o estimado Tim, que foi técnico de Ferroviário, Atlético e Coritiba em suas diversas passagens por Curitiba.

Buttice, Teche, Rendo, Veira, Dowall e Fisher foram alguns destaques na brilhante campanha da equipe conhecida como "Los Matadores" e um grupo de amigos curitibanos que frequentava o Bar do Pasquale, no Passeio Público, foi a Buenos Aires prestigiar Tim na final.

Na volta, "El Peón", como era chamado pelos argentinos, contava a suas histórias e, entre tantas, uma do zagueiro Albrec, do "azulgrana", jogador da seleção e que em vez de chutar a bola para frente dava de bico para os lados do campo. Num treinamento, Tim chegou ao pé do ouvido do becão e deu a seguinte dica:

– Albrec, chute sempre para frente. Não tenha medo se ela atravessar o campo e sair para fora do estádio, pois o Brasil fica do outro lado e na semana que vem eu vou para lá e trago a bola de volta...!

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