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Neymar tem apenas 18 anos e precisamos educá-lo para que não se crie um monstro no futebol brasileiro.

A sentença resultou do episódio em que o jogador xingou Dorival Júnior e companheiros do Santos, bem modulada pela advertência do experiente René Simões.

Para o lamentável incidente com pitadas de grosserias e destemperos emocionais de Neymar, seguiu-se a queda do técnico e sua não convocação para a seleção brasileira.

Conheço Dorival Júnior e asseguro que se trata de pessoa correta. Não conheço Neymar, mas acredito que uma pessoa com 18 anos de idade é suficientemente adulta para assumir as responsabilidades civis e profissionais.

Se fosse há algumas décadas, vá lá, afinal o mundo não era globalizado, não existia televisão, internet, telefone celular, esse arsenal tecnológico que transformou países e a grande maioria das pessoas. Antigamente o jovem era ingênuo, menos informado e despido de sofisticação. Hoje, não. Hoje, qual­­quer menino navega pela internet e opera equipamentos eletrônicos melhor do que muitos adultos. A responsabilidade civil e criminal poderia baixar para 14 anos, como ocorre há muito tempo nos países do primeiro mundo.

Portanto, essa conversa de que Neymar é um menino não cola. Ele sabe direitinho o que anda fazendo e passou da hora de se tornar atleta disciplinado para explorar completamente o talento que Deus lhe deu.

Tivemos dois verdadeiros craques no futebol brasileiro nos últimos 20 anos: Romário e Ronaldo. Ambos acima da média e que, por isso mesmo, proporcionaram dois títulos mundiais à seleção e muitas alegrias aos torcedores dos clubes por onde passaram. Todos os demais grandes jogadores, na seleção foram meros coadjuvantes.

Quando Ronaldinho Gaúcho ainda despontava, Romário disse que aquele garoto era o último romântico do futebol. Só que Ro­­naldinho Gaúcho não conseguiu jogar bem na seleção e alcançou o apogeu no Barcelona, aliando eficiência, objetividade e arte. Usou a arte do futebol para executar as jogadas eficazes que decidiram os jogos e deram vitórias ao clube.

Na campanha do penta, ele compôs o ataque com Ronaldo e Rivaldo, mas sem o mesmo destaque dos companheiros que se consagraram: Ronaldo como artilheiro e Rivaldo como o melhor jogador da Copa, apesar de a Fifa, equivocadamente, ter concedido o título na véspera ao goleiro Oliver Khan, que enterrou a Alemanha na final com o Brasil.

Kaká é excelente jogador, mas ficou devendo nos últimos dois Mundiais e desaponta os fãs em sua passagem pelo Real Madrid. Ro­­­binho não passa de bom jogador e nem mesmo conseguiu ser titular no Manchester City e, agora, no cam­­­­baleante Milan.

Neymar e Ganso são os novos projetos de craques, enchendo de es­­­­perança os românticos da bola. Possuem todos os requisitos pa­­­­ra a glória, mas precisam percorrer longo caminho até a consagração.

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