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O desinteresse demonstrado pela Federação Paranaense de Futebol para resolver, administrativamente, a interpretação do artigo 9º do regulamento e o açodamento de alguns clubes interessados em tumultuar o processo, retiraram o foco do campo de jogo.

Em vez do bom senso, prevaleceu o confronto. O maior prejudicado, o Atlético, resolveu lutar pelos seus direitos.

Com ações tramitando na órbita da Justiça esportiva e agora também na Justiça comum, o futuro do campeonato tornou-se incerto.

Mas enquanto a bola ainda rola pelos gramados, vamos tratar da penúltima rodada que se inicia com o jogo em que o Foz do Iguaçu recebe o desesperado Paraná.

Vitima de grosseiros equívocos de sua diretoria na gestão do departamento de futebol profissional, o Paraná encontra-se na dolorosa posição de lutar contra o rebaixamento. Se não vencer hoje, as coisas ficarão bem complicadas.

Amanhã, o Atlético joga por um simples empate para garantir os dois pontos de bonificação para a próxima fase e, em confronto direto, Coritiba e Nacional decidem quem levará um ponto de bônus.

Surpreendente a campanha do Nacional, que voltou à divisão de elite em grande estilo, comandado pelo técnico Gilberto Pereira, aquele que caiu no Coxa sem ter recebido a chance de mostrar sua capacidade profissional.

Ivo Wortmann resolveu escancarar o Coritiba com a escalação de cinco jogadores habilidosos na formação ofensiva. Ele vai correr um risco calculado, pois, do outro lado, o Nacional pode tirar proveito da marcação frouxa na meia-cancha. Porém a ordem no Coxa é atacar:

Pedro Ken e Carlinhos Paraíba na função de armadores, Renatinho – outra grande revelação – como eixo do quinteto e Marcos Aurélio e Marcelinho Paraíba com a missão de marcar gols.

Regulamentos

Na iminência de sofrer o gol que daria, tecnicamente, o titulo de campeão de 1980 ao Colorado, o Cascavel provocou o encerramento da partida por não contar com o numero mínimo de jogadores.

A Federação, administrativamente, dividiu o titulo entre os dois.

Após a final do cai-cai, o presidente Luiz Gonzaga da Motta Ribeiro encomendou ao diretor técnico Antônio Carlos Mello Pacheco – dois dos melhores dirigentes que passaram pelo futebol paranaense – o regulamento para o campeonato do ano seguinte.

Mello Pacheco apresentou uma fórmula inteligente e um regulamento enxuto. Ele foi apresentado aos clubes e distribuído para a imprensa.

Na época, tínhamos um programa diário ao meio-dia na Rádio Universo, com José Luiz Datena, Augusto Mafuz, Raul Mazza e outros.

Tema do dia: o novo regulamento. Mafuz e Mazza – ambos advogados – leram, releram e chegaram à conclusão de que se tratava de uma peça perfeita.

Mafuz vira para Mazza e sentencia: "É Raul, não tem nenhum furo para ajudar ninguém no tapetão. Vai ter de ser na bola mesmo".

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