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O futebol paranaense, historicamente, sobrevive apenas em torno de alguns espasmos esparsos dos seus principais times através dos tempos e da intensa rivalidade, que aos poucos e, de forma preocupante, esta se transformando em ódio.

As torcidas se engalfinham pelas ruas da cidade, turbinadas pelas sandices dos dirigentes dos clubes e da Federação, que parece estar com a bússola quebrada e sem direção.

Nem completou dois meses e o ano já se consagrou como um dos mais absurdos do pobre futebol paranaense.

Há muito tempo não acompanhávamos tamanha demonstração de insensibilidade, insensatez e até mesmo irresponsabilidade por parte dos dirigentes. E tudo em cima de temas fáceis de serem resolvidos, desde que, é óbvio, houvesse bom senso e visão estratégica inteligente na exploração do lucrativo negócio chamado futebol.

Fizeram tudo errado desde a elaboração da tabela e da arrastada e confusa negociação para alugar o estádio onde o Atlético pudesse jogar, provocando a morte de um torcedor, trânsito caótico, violência nas ruas e, afinal, resultados altamente negativos com público insignificante até no Atletiba. O clássico foi tão mal tratado pelos cartolas que acabou sendo realizado, absurdamente, para uma só torcida. Um fiasco daqueles.

Tecnicamente, Atlético e Coritiba tantas aprontaram que acabaram entregando de bandeja o título do turno para o esforçado Cianorte. Coisa de gênio.

Queda brusca

Enquanto os atleticanos tentam descobrir o carrasco do time – o árbitro Heber Roberto Lopes, que deixou de apitar o pênalti cometido por Pereira sobre Bruno Mineiro ou o técnico Juan Carrasco, que errou feio quase sempre que mexeu na equipe durante os jogos – os coxas procuram identificar os motivos que levaram o time a uma queda brusca neste início de temporada.

Que o elenco do Atlético é tecnicamente restrito todos sabem, mas o treinador uruguaio colaborou, decisivamente, para diminuir a capacidade do time em partidas decisivas como no empate com o Cianorte, na derrota para o Arapongas e, anteontem, ao lançar mão do desesperador atacante Nieto. E apesar de todas as deficiências, o Furacão desperdiçou boa oportunidade de levar o título do turno.

O Coritiba segue invicto e com possibilidades de reabilitar-se no returno, entretanto, o técnico Marcelo Oliveira começa a sentir a chapa mais quente e com cobranças mais efetivas, especialmente nos compromissos pela Copa do Brasil. Claro que os atacantes lesionados fazem falta, mas a perda de consistência na meia-cancha é uma coisa que tem tirado o sono de muita gente no Alto da Glória.

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