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 | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

No final das contas o caro e badalado time do Flamengo foi eliminado na primeira fase da Libertadores da América e o “patinho feio” do grupo, segundo o polêmico Paulo Autuori, conseguiu a classificação heroica em Santiago do Chile.

Vindo de cinco atuações decepcionantes, com três goleadas e dois empates sem gols, o Atlético partiu para o jogo com o Universidad Católica inspirado no chamado tudo ou nada. A glória ou a desconfiança geral em torno de um trabalho pontuado por altos e baixos.

A possibilidade de um guerreiro ser derrotado está em suas próprias mãos, porém a alternativa de vencer o inimigo é propiciada pelo próprio inimigo. As lições táticas, de autoria do general chinês Sun Tzu, tem mexido com a inteligência de muitos estudiosos técnicos de futebol nas ultimas décadas.

Paulo Autuori possui um perfil que agrega contundentes armas para vencer uma batalha. Mas nem sempre consegue. Ele até pode saber como conquistar o adversário sem, porém, ter a capacidade de fazê-lo. Sobretudo quando escala o auxiliar técnico para representá-lo ao lado do gramado.

Parece que os olhos do alto comando estratégico ficam embaçados por densa fumaça, deixando a torcida eletrizada e a equipe entre a cruz e a caldeirinha, na dúvida entre partir para o ataque ou prevenir-se para evitar a derrota. Hesitar, como ensinam os militares estrategistas, é um grave erro na guerra. Guerreiro bom vence combates não cometendo erros.

Com o acúmulo de maus resultados o Atlético chegou ao ponto limite de tolerância e conseguiu ser um assombro em campo. Ele foi do ômega ao êxtase em 90 minutos.

A batalha no San Carlos de Apoquindo teve de tudo um pouco. Luta, garra, bravura, alternâncias alucinantes no placar e até mesmo bom futebol. Foi impossível o torcedor atleticano não se contorcer o tempo todo na poltrona em frente ao aparelho de televisão. Assim como até mesmo os não atleticanos devem ter se empolgado com o que aconteceu durante a antológica partida.

Com gols dos heróis improváveis Eduardo da Silva e Douglas Coutinho, este provavelmente tendo realizado a melhor jogada da sua vida em espetacular arrancada até a finalização perfeita, o Atlético conseguiu virar o placar. Dois minutos depois os chilenos empataram para desespero geral dos brasileiros, porém logo em seguida Carlos Alberto escreveu o ultimo capítulo desse intenso drama futebolístico.

Foi um lance arrebatador com o ala Jonathan servindo com categoria para Carlos Alberto concluir de forma magistral e inapelável para o arqueiro. Foi um gol definitivo. O gol que finalmente recolocou o Furacão no caminho da vitória.

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