Sempre procuramos nos espelhar no futebol gaúcho para tentar evoluir no cenário nacional.
Um pouco pela proximidade e influência das tradições gaúchas no Paraná, que se iniciou no ciclo da erva-mate, e muito pelos jogos dos antigos Campeonatos Brasileiros de Seleções, nos quais, invariavelmente, a seleção paranaense vencia os catarinenses e era eliminada pelos gaúchos, que, na sequência, eram superados por paulistas ou cariocas, os eternos vencedores do torneio.
Claro que não se tratava de cotejamento, afinal o Rio Grande do Sul tornou-se província muito antes de o Paraná conquistar a independência como comarca de São Paulo, ganhando o status de estado com a implantação da República.
O Rio Grande do Sul possui cultura e folclore próprios, rica história escrita com ardor nos campos de batalha e aquele sentimento fronteiriço que exalta a sua tradição patriótica, com nacionalismo exacerbado não raras vezes manifestado pelos seus líderes.
Mas com o rápido desenvolvimento econômico do nosso estado e o crescimento vertiginoso de nossas cidades, em particular Curitiba, tornaram-se inevitáveis algumas comparações e, entre elas, o futebol entrou na pauta.
Por questões administrativas internas, a dupla Grenal entrou em crise no final da década de 1990, exatamente no período em que o futebol paranaense raiou no horizonte com a construção da Arena da Baixada, o Atlético campeão brasileiro e os nossos três principais representantes disputando alternadamente a Libertadores. Houve quem acreditasse que as coisas estavam mudando.
Mas não demorou muito para que Grêmio e Internacional retomassem o crescimento.
Em pouco tempo, eles se reorganizaram, conquistaram significativa legião de associados e voltaram a formar equipes fortes e competitivas. O Inter ganhou tudo e só não foi campeão brasileiro por causa daquela triste arbitragem do jogo decisivo com o Corinthians, enquanto o Grêmio foi vice da Libertadores, vice do Brasileiro e está no torneio continental outra vez.
Atualmente o futebol gaúcho apresenta invejável saúde, tanto que vou lhes passar a relação de atacantes, vejam bem, apenas de atacantes para esta temporada: do Grêmio Alex Mineiro, Herrera, Maxi Lopes, Jonas, Reinaldo, Perea, Roberson e Rafael Martins. Do Inter: Nilmar, Alex, Taison, Alecsandro, Válter, Thales, Marquinhos, Leandro e Giuliano. Trata-se de uma coleção impressionante de bons atacantes.
Vejamos a modesta lista de atacantes dos nossos times. Atlético: Rafael Moura, Lima, Júlio César, Jorge Preá e Wallyson. Coritiba: Ariel Nahuelpan, Hugo, Marcos Aurélio e Róger. Nem vou tratar do Paraná, primeiro, porque ele vai jogar na Segunda Divisão; segundo, porque vendeu todos os seus atacantes.
A diferença de poder de fogo entre o futebol gaúcho e o futebol paranaense voltou a ser muito grande.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião