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Finalmente conseguimos assistir ao primeiro grande jogo do campeonato, com o Paraná quebrando a invencibilidade do Coritiba e longo tabu no Alto da Glória. É bem mais fácil elogiar do que criticar, podem crer.

E tudo aconteceu dentro do mais puro acaso do futebol, pois o técnico Toninho Cecílio formou a equipe privada de três titulares importantes e perdeu Reinaldo no lance em que ele marcou o gol inaugural da tarde chuvosa. Nem a chuva inclemente e o gramado liso conseguiram inibir os jogadores que se entregaram de corpo e alma na busca do triunfo.

Foi um jogo especial com o Paraná muito superior na etapa inicial, quando o Coritiba voltou a emitir sinais de fastio, indicando que se sente confortável como favorito absoluto a conquista de mais um título. Mesmo com três zagueiros a retaguarda coxa-branca foi envolvida pela volúpia dos paranistas em jornada de muita doação física e aplicação tática. Num bate-rebate na área, JJ Morales fez 2 a 0 e por pouco o time não ampliou o escore no final do primeiro tempo, destacando-se a grande atuação do goleiro Vanderlei que evitou o pior.

Ao substituir o zagueiro Chico por Lincoln, Marquinhos Santos mudou o esquema tático. Funcionou principalmente porque o Paraná ficou mais vulnerável com a lesão de Ricardo Conceição.

Foram duas jogadas idênticas: duas vezes cruzamento do lado direito da área para a cabeçada certeira de Alex. O Coxa chegou ao empate, sendo que entre os gols houve um tirambaço do mesmo Alex contra o travessão da meta guarnecida pelo excelente goleiro Luis Carlos. O coração dos torcedores e, sobretudo, dos jogadores estava saindo pela boca num clássico de tirar o fôlego até de quem não tinha nenhum interesse no resultado.

O gol de desempate poderia sair para qualquer um dos lados diante da recuperação estratégica e territorial do time alviverde que, por jogar em casa e contar com o apoio da maioria da plateia, esboçava maior pressão. Tudo mudou com um carrinho de Pereira acertadamente expulso pelo árbitro Rafael Traci, que apitou bem e mostrou autoridade na parte disciplinar.

O volante William transformou-se em zagueiro e com um homem a mais o Tricolor recompôs a ocupação dos espaços, avançou e chegou a vitória consagradora em belíssima finalização de Rubinho sem nenhuma chance para o arqueiro Vanderlei. Foi uma tarde memorável que merece ser destacada diante da indigência técnica da maioria absoluta dos jogos deste campeonato.

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