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O terceiro empate do Coritiba teve sabor de vitória. Talvez não para quem esperava a vitória depois da virada aplicada sobre o São Paulo no Pacaembu, mas com certeza para os que têm consciência das limitações do time e do exaustivo trabalho desenvolvido por Celso Roth para modelar o Coxa conforme os seus conceitos estratégicos.

Com deficiências técnicas em todos os setores, na defesa já dá para observar o dedão do treinador gaúcho funcionando na correção do posicionamento dos zagueiros e na proteção proporcionada por Chico e Baraka. Do meio para frente, entretanto, vai levar mais tempo para os ajustes necessários, até que sejam completados com o aguardado retorno de Alex.

O São Paulo está se transformando em uma equipe mentirosa, como se diz na gíria do futebol, pois gastou uma dinheirama com a contratação de jogadores famosos que não respondem à altura dentro de campo. O lance mais espetacular do jogo foi, a meu ver, o golaço de Ademilson que deu, como dizia o narrador Aloar Ribeiro em suas vibrantes transmissões, "cifras definitivas ao placar".

Fragilidade

Para um time que passou os primeiros meses do ano esnobando o campeonato estadual, só treinando e dando importância aos jogos da Libertadores, a derrota para os reservas do Cruzeiro significou a dura constatação da inexperiência e fragilidade técnica do elenco, agravada pela paranoia que vem norteando o futebol atleticano nesta temporada.

O cego Tirésias, que avisou a Júlio Cesar sobre as desgraças que o atingiriam nos idos de março, não deve frequentar os sonhos dourados do espanhol Miguel Ángel Portugal. Os nobres conceitos que vem recebendo do setor de inteligência do clube – quase uma piada pronta – de que há momentos no futebol em que até por esperteza os dirigentes devem recuar de suas ambições para lutar pelos interesses dos seus torcedores. Ao afastar Manoel do grupo e criar esse novelão com idas e vindas que só servem para desgastar o atleta, que tem contrato vigente até dezembro de 2015, a diretoria deu um tiro no próprio pé e não sabe como corrigir o equívoco.

No jogo de sábado até que o Furacão comportou-se bem, fazendo dois gols e encarando o maior entrosamento do adversário, muito mais organizado no plano tático e com melhores recursos individuais, porém três falhas em sequência liquidaram a esperança de triunfo: a expulsão errada de Dráusio em grave falha da arbitragem; o pênalti cometido por Natanael por pura ingenuidade; e o novo erro fatal de Cleberson, que proporcionou o gol da virada mineira.

Vamos fingir que não vimos Sueliton contestando a alteração do treinador com a insólita substituição de Paulinho Dias por Mário Sergio, além da inútil troca do artilheiro Éderson pelo indeciso Douglas Coutinho.

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