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Não, não se trata de título de matéria religiosa ou existencialista. Apenas futebol, nada mais do que o bom e velho futebol de todos os dias do povo brasileiro.

Como nos aproximamos do encerramento da fase classificatória do campeonato, o momento é de reflexão para dirigentes e técnicos de todos os times.

Para que vieram? O que fizeram? O que ainda podem fazer?

Alguns vieram para o campeonato sem eira nem beira, inclusive com estádios em condições precárias e gramados horrorosos. Muitos fizeram pouco e, por isso mesmo, sairão da festa mais cedo. Outros ainda podem fazer mais.

E dentre os que podem e devem realizar mais estão, obviamente, os três grandes, os únicos com calendário nacional garantido e, no caso da dupla Atletiba, também internacional.

Os dirigentes do Paraná, por mais inexperientes que possam ser, e são, já devem ter percebido que os jogadores derrubaram o técnico Comelli. Ironia do destino, pois foi exatamente Comelli quem escolheu os jogadores, formou o grupo e cometeu o pecado mortal de criticar alguns após a inesperada derrota para o Mixto. Deu no que deu: o time andou em campo contra o Nacional, perdeu e o técnico caiu. 72 horas depois, o mesmo time, apenas com alguns ajustes e o retorno de Lenílson, partiu para cima do Coritiba e ganhou o clássico.

Velloso pode não calçar "Passodoble", mas é bom ele saber onde pisa.

E quem anda pisando em ovos é Ivo Wortmann, que mexeu mais na escalação do Coritiba que o Lula no seu ministério. Foram tantas as tentativas e alterações que, ao final da partida na Vila Capanema, Ivo mostrou-se exausto e perplexo com tantas dificuldades para certar o time.

A esperança é o veterano goleador Marcelinho Paraíba, com direito a cabelo pintado de amarelo, branco ou verde, tanto faz. Todas as fichas da conquista do título no ano do centenário coxa-branca foram apostadas em Marcelinho Paraíba.

Geninho viu o seu time jogar preguiçosamente em Cianorte, ser envolvido pelo dono da casa e, afinal, perder a longa invencibilidade da qual tanto se orgulhavam os atleticanos. Sem ganhar nada há quatro anos, a torcida do Atlético começava a esfregar as mãos e radiante de tanta animação acreditava na conquista do título invicto. Ledo engano.

O time continua apresentando os mesmos e intrigantes defeitos da temporada passada: insuficiência técnica nas alas, já que os improvisados Zé Antonio e Netinho apenas tentam quebrar o galho sem maior brilho; muita areia para o caminhãozinho de Marcinho, que tem de fazer a ligação entre a meia-cancha e o ataque e, é claro, o ataque que não recebe bolas fenece nos momentos agudos. A propósito, anteontem, Lima fez mais em 5 minutos do que a dupla Júlio César e Rafael Moura em 90.

Diante do exposto, ainda há tempo para a busca de reforços, o título esta em aberto e o octogonal promete novas emoções.

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