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A afirmação de Dunga como técnico deve-se mais à sua personalidade do que pelos bons resultados colhidos. Ele devolveu aos jogadores – todos ídolos em seus times e homens muito ricos antes dos 30 anos de idade – a ale­­gria de jogar pela seleção. Dun­­ga também conseguiu fazer com que os jogadores levassem a sério todas as partidas, até mesmo os enjoados amistosos para cumprir os compromissos assumidos pelos patrocinadores.

Dentro dos critérios do treinador foi moldada a equipe que tentará a conquista do hexa. Como acontece em toda convocação antes de uma Copa do Mundo houve discussões, só que desta vez bem mais reduzidas.

Diversos jogadores foram testados e não conseguiram aproveitar as oportunidades, como o ala Kléber; os médios Mineiro e Lucas; os meias Anderson, Hernanes, Diego e Ronaldinho Gaúcho e os atacantes Sobis, Diego Souza, Pato, Vágner Love e Fred.

Talvez o ala-esquerdo André Santos mereça uma nova chance, mas esperar pelos veteranos Roberto Carlos e Ronaldo é querer demais. Aliás, o melhor jogador do time do Corinthians é o atacante Jorge Henrique.

O terceiro goleiro tem tudo para ser Victor, do Grêmio, e as sensacionais revelações Paulo Hen­­rique Ganso e Neymar, do Santos, ficarão para depois do Mundial.

Pelo que mostrou em seu trabalho, Dunga deverá manter a forte estrutura defensiva da equipe, contando com a mobilidade de Kaká, Robinho e Luís Fabiano no ataque. E tem o polivalente Daniel Alves como curinga de luxo, podendo aparecer até pela lateral esquerda.

O apito da Copa

A arbitragem internacional do futebol está em baixa desde que o árbitro e o auxiliar não anularam o gol que classificou a França, no lance irregular de Thierry Henry. Os membros da comissão de arbitragem preferiram colocar uma pedra sobre o caso e o Board não foi favorável ao uso de câmeras de televisão para dirimir as dúvidas dos lances polêmicos durante os jogos da próxima Copa do Mundo.

Por aqui, sob o signo de ter anulado gol legítimo de Obina e prejudicado o Palmeiras, que aquela al­­tura lutava pela liderança do Campeonato Brasileiro, o árbitro Carlos Eugênio Simon confirmou a sua má fase técnica e, mesmo assim, foi mantido como o representante do apito nacional na África do Sul.

Lamenta-se pelo fato de o árbitro Héber Roberto Lopes ter sido escolhido o melhor da temporada com atuações impecáveis e no momento em melhores condições técnicas que o experiente Simon.

Menos mal para o futebol paranaense que, pelo menos, terá a presença do assistente Roberto Braatz juntamente com o gaúcho Altemir Hausmann.

Braatz é da cidade de Marechal Cândido Rondon e faz parte da geração revelada pela escolinha do instrutor e ex-árbitro Nelson Or­­lan­­do Lehnkuhl, um grande idealista que, há anos, presta relevantes serviços à Federação Paranaense de Futebol.

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