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O futebol paranaense viveu um sábado negro, com péssimas atuações dos seus times, destacando-se a humilhante goleada sofrida pelo Atlético. Na condição de vice-líder, o Atlético não mostrou credenciais técnicas durante a semana ao ser batido pelo frágil Criciúma e completamente dominado pelo Botafogo, tomando quatro gols e duas bolas na trave, dando moral ao Flamengo, que certamente virá com tudo para tentar tirar proveito das deficiências do time de Vagner Mancini.

Parece que a goleada sobre o São Paulo ao invés de embalar o Furacão, fez mal ao treinador, que perdeu a mão nas duas partidas – e aos jogadores, que deixaram de jogar com a aplicação que levou a equipe a superar-se nesta temporada, deixando de ser coadjuvante para assumir o protagonismo.

Aceitou-se a tese de que ao sair da zona de rebaixamento mesmo com um elenco apenas mediano, o time titular respondeu aos anseios da torcida, porém, como decolou com boas campanhas nas duas competições nacionais, passou a ser visto com lentes especiais e, obviamente, aumentou o grau de responsabilidade.

A justificativa de priorizar a Copa do Brasil foi decepcionante, afinal todos são profissionais.

Chamusca foi

Inexplicavelmente, depois de vencer os fortes Cruzeiro e Grêmio, o Coritiba sofreu tremenda recaída técnica e acabou derrotado pelo irregular Corinthians e pelo apenas esforçado Criciúma, em pleno Alto da Glória. A derrota para os catarinenses, que também lutam para fugir do rebaixamento, foi a repetição de jornadas mal-sucedidas ao longo do ano e o monstro que atormenta o Coxa como visitante agora atacou dentro de casa, sobrando para Péricles Chamusca, que foi demitido com menos de dois meses de trabalho.

Sinal evidente da desorientação do departamento de futebol do clube que, além de equivocar-se em diversas contratações, também está pagando o preço pela intempestiva troca de Marquinhos Santos no calor de uma derrota pela Copa Sul-Americana. Tcheco, mesmo sem experiência para o cargo, assumiu a espinhosa missão de conduzir o time nos três jogos que devem aumentar a pressão no caldeirão coxa-branca.

Derrocada

Depois de ensaiar uma classificação que parecia tranquila, com atuações vigorosas graças ao esquema implantado pelo técnico Dado Cavalcanti, o Paraná começou a ser minado de dentro para fora, com o atraso nos pagamentos e dificuldade da diretoria em encontrar novas fontes de renda. a derrocada se consumou com o lamentável comportamento de muitos jogadores, que caíram verticalmente de produção.

De nada adianta reeleger os dirigentes e contar com o apoio da torcida se o Paraná não conseguir encontrar uma solução para os antigos e graves problemas financeiros que diminuíram o tamanho do clube nos últimos anos.

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