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E o Paraná vai tentar de novo, agora diante do América, de Natal. O esforço de sábado na busca do empate, em Campinas, agradou ao torcedor, mas não lhe deu garantias de que o time tricolor reencontrou o caminho. Antes, pelo contrário, a sensação ruim que ficou cravada no peito do torcedor depois da derrota para o Bahia continua machucando.

Só mesmo uma grande apresentação, acompanhada de vitória, é claro, fará com que as coisas voltem aos seus devidos lugares na Vila Capanema.

Fazendo contas

O futebol tornou-se grande negócio, só que movido pela paixão. Aí reside o complicador que inibe qualquer tipo de comparação com empresas comerciais. Como o produto vendido é a emoção, torna-se difícil a relação entre o administrador consciente e o torcedor apaixonado.

Nas arquibancadas o torcedor chora, ri, sofre e comemora exigindo bons jogadores, equipes competitivas e títulos; na administração do clube, o dirigente também chora, ri, sofre e comemora com os números do balancete mensal. Quando a conta não fecha é preciso encontrar caminhos alternativos.

No caso do aumento verificado na taxa do sócio atleticano, a equação é simples: a diretoria anterior aumentou a despesa, contraiu dívidas e antecipou receitas. A atual, com a responsabilidade de manter a estrutura cara do clube, além do compromisso de conclusão da Arena da Baixada para a Copa do Mundo, está tentando driblar a grave situação financeira com lucidez e transparência.

Começou por cortar despesas, dispensando inúmeros funcionários administrativos e diversos jogadores que inflavam o elenco profissional; mais adiante, procurou patrocinadores para a camisa e para o estádio e, agora, conta com o apoio do associado para ainda fechar a conta no vermelho, mas de forma menos dolorosa.

É preciso dosar a paixão com a razão para que o clube consiga dar a volta por cima, dentro e fora do campo de jogo.

Reparos

O Coritiba vem procurando melhorar o rendimento com pequenos reparos, mas ainda não foi encontrado o ponto de equilíbrio para o desenvolvimento de uma campanha positiva.

É evidente que a angústia provocada pela incerteza da permanência do principal jogador tem atrapalhado os planos de Ney Franco. Entretanto, não deve passar deste fim de semana o fico ou o adeus de Mar­ce­linho Paraíba. Se continuar, tudo normal, porém se ele for embora toda a engenharia tática terá de ser refeita, já que o time vem jogando em função do craque.

Voltando à linha de reparos, apesar do bom desempenho dos alas Márcio Gabriel e Rodrigo Heffner a diretoria contratou Ângelo para disputar o mesmo espaço. Será que não seria mais aconselhável ter investido um pouco mais pesado na aquisição de eficiente ala pela esquerda, onde, efetivamente, o Coxa anda carente?

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