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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O Coritiba goleou o Atlético na Arena da Baixada, onde o time rubro-negro não perdia há muito tempo, com um futebol determinado, ágil, envolvente e que cumpriu um enredo bem elaborado pelo técnico Pachequinho: atacar sempre.

Foi um raciocínio inteligente do jovem treinador coxa-branca afinal a sua equipe está em formação, teve altos e baixos nas últimas apresentações e precisava surpreender o Furacão.

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Dividido entre a Libertadores e o Estadual, Paulo Autuori ficou no meio do caminho: respeitou a torcida não escalando o time reserva e pagou o preço por acreditar que possui um elenco com múltiplas alternativas. Não tem. O Atlético levou sufoco do Flamengo, como havia sofrido nas partidas anteriores da Libertadores. O grupo mostra-se limitado, com poucas alternativas eficientes e tem se superado na base da garra. Grafite, por exemplo, tem sido uma graça, sem força física para acompanhar o ritmo dos demais e se expondo ao ridículo diante da plateia que não se cansa de apupá-lo. Ontem foi constrangedor.

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Como o Coxa não teve nada a ver com a atuação indecorosa do adversário, foi despertado pela finalização de João Pedro na trave e partiu para a luta fazendo o primeiro gol. Foi uma reação coletiva e com impressionante veemência, assinalando que o time estava preparado para mudar a sua trajetória nesta temporada particularmente amarga até agora.

E teve mais: a equipe coxa-branca desmontou o sistema de jogo atleticano com amplo predomínio no meio de campo com atuações individuais superiores de Alan Santos e Matheus Galdezani, que sobraram em campo. Desarticulado no plano coletivo e sem contar com jogadores que pudessem equilibrar as ações pelo talento individual, o Atlético sofreu o golpe fatal com o segundo gol.

O goleiro Wilson repôs a bola em jogo, o lépido atacante Iago Dias venceu Deivid na corrida e aproveitou-se da saída em falso de Weverton atirando sem ângulo. Foi um golaço.

Abatido dentro da sua própria casa, onde tem reinado apesar das atuações irregulares, o Atlético simplesmente não conseguiu esboçar nenhum tipo de reação diante da sua atônita torcida.

Foi quando Kléber finalmente marcou o seu primeiro gol no clássico Atletiba, coroando uma atuação ao mesmo tempo de técnica e competitividade, desempenhando o papel de líder experiente que dele se espera.

Com o título antecipado e devolvendo o escore da final no ano passado, o time do Coritiba deixou a impressão de organização tática, desempenho técnico apreciável e o grupo unido em torno de Pachequinho. Honras ao treinador, ainda interino, que, em poucas semanas, conseguiu modificar o time coxa-branca, impondo-lhe uma concepção de jogo semelhante aos times mais modernos do momento.

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