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Edson Militão com algumas das principais credenciais de coberturas internacionais acumuladas na carreira. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Edson Militão com algumas das principais credenciais de coberturas internacionais acumuladas na carreira.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Esta é a última coluna que escrevo para o caderno de esportes da Gazeta do Povo no modelo jornal impresso, encerrando um ciclo de exatos 25 anos. Assim como em todo o processo da vida, nada termina e, felizmente, tudo se transforma. E na maioria das vezes para melhor.

Ao longo dos anos, a adaptação da escrita aos padrões atualizados só aperfeiçoou a forma da leitura, o que fez da revolução da imprensa o evento mais importante do período moderno.

A minha geração pegou o bonde andando nas linhas da velha Remington, da Olivetti, das “modernas” máquinas de escrever que olhavam pelo retrovisor a carruagem da Bíblia de 42 linhas, de Gutenberg.

No meu caso embarquei para as coberturas esportivas além mares, utilizando as ferramentas do telex e depois do fax, acompanhando a seleção brasileira ali pela década de 70.

Durante 20 anos, exceto a melhoria da comunicação telefônica, a mudança tecnológica arrastou-se à velocidade de uma lesma anestesiada. Até que por fim sopraram os ventos polares trazendo a luminosa aurora boreal dos anos de 1990, já com a informática usada durante os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. Era a grande novidade na corrida da tecnologia, dando um salto absurdo na velocidade da comunicação.

Naquela Olimpíada – em que estreava com a camisa da Gazeta – pela primeira vez nós jornalistas tivemos acesso às informações imediatas de todas as competições por meio de computadores, uma novidade para a época, instaladas no MPC (Media Press Center). Era o boom na cobertura dos Jogos.

O uso do computador, porém, era somente interno. Mesmo assim a facilidade em obter informações imediatas dos atletas que competiam simultaneamente em diversos esportes me fascinava.

O celular (um tijolão) foi outra grande novidade. Este sim facultava o envio de notícias pontuais direto para a redação. A coluna seguia pelo velho e saudoso fax.

E assim se fez por esses 25 anos, sendo a Gazeta o único jornal do Paraná a cobrir de lá para cá todos os grandes eventos esportivos internacionais in loco – Mundial, Copa das Confederações, Olimpíada, Pan, Copa América, Libertadores, Roland Garros... Ao todo mais de 70 eventos, nos cinco continentes, alguns deles com exclusividade nacional. Parceria longa, em comunhão com profissionais brilhantes, que muito me orgulha.

O objetivo primeiro sempre foi destacar os atletas paranaenses, independentemente de esporte ou clube. De Rogério Romero e outros 14 na Olimpíada de Barcelona, a Weverton, ano passado, no Rio, passando por Alex, Ricardinho, Chiamulera, Emanuel, Giba, Paulo Rink (pela Alemanha)... Tudo muito gratificante.

Enfim, fiz com a Gazeta, e a Gazeta fez comigo, uma parceria altamente profissional, o que me engrandece e tranquiliza para entrar num ano sabático, sem antes agradecer aos amigos queridos do jornal, e aos fiéis leitores, com um até breve.

***

“Somos todos viajantes de uma jornada cósmica – poeira de estrelas, girando e dançando nos torvelinhos e redemoinhos do infinito. A vida é eterna, mas suas expressões são efêmeras, momentâneas, transitórias” (Deepak Chopra)

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