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Hoje será um dos dias mais importantes do futebol neste século. A vaga que estará em jogo no Camp Nou, entre Barcelona e Milan, é secundária diante do peso histórico que o confronto pode adquirir. A vantagem milanista de 2 a 0 é difícil de ser tirada até mesmo por um time que acostumou-se a transformar o impossível em trivial, como é o Barça. E é exatamente aí que está a importância desta partida.

O Barcelona da atual temporada, claramente, não é o mesmo dos anos anteriores. Há muitas especulações que podem ser – e são – feitas a respeito. O time cansou de ganhar, tornou-se previsível, as gerações da cantera que deveriam estar tomando espaço não são tão talentosas quanto as anteriores, a perda de Guardiola ainda não foi assimilada, o afastamento repentino de Tito Villanova baqueou o grupo etc.

O fato concreto é que existe uma queda de rendimento. A troca de comando tem seu peso. Menos a de Guardiola, programada com antecedência; mais a de Villanova, inesperada e traumática. Messi, Xavi e Iniesta foram pinçados de diferentes gerações da cantera. Injusto exigir que de uma tacada só saiam jogadores do mesmo nível.

Tão injusto quanto acreditar que esse Barcelona já chegou ao seu limite, junto com seu estilo de jogo. Xavi está de volta. Messi, Iniesta, Fàbregas, Daniel Alves e os demais atletas seguem capazes de exibições fantásticas jogando exatamente como têm jogado: trocando passes pacientemente, até abrir a defesa adversária.

Seja qual for o resultado de hoje, esse legado permanecerá intocado. O Barcelona já disseminou pela mente de torcedores, jogadores e muitos treinadores no mundo inteiro o gosto pelo futebol bem jogado, com a bola sempre rente à grama, passando de um pé para outro, até acabar naturalmente no gol adversário. Um futebol que não guarda posição, não dá chutão, não recorre ao carrinho diante de qualquer dificuldade. O Barcelona faz bem ao futebol há anos, como também será saudável ao mundo ver outras formas de vencer. Maléfico mesmo, só se inventarem de sepultar o Barcelona caso o classificado de hoje seja o Milan.

Frescor

O empate contra o Operário não abala o favoritismo do Coritiba. Ainda é o time a ser batido no segundo turno, o qual tem grande chance de vencer e, assim, dispensar a necessidade de uma final. Mas a patinada do fim de semana abre uma perspectiva interessante, de termos Paraná, Londrina e até mesmo o Atlético na disputa pelo returno. As duas próximas rodadas darão a cara definitiva desta etapa do campeonato. Dos confrontos diretos entre esses quatro times é que deve sair o campeão do segundo turno.

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