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Times que mudam de município deveriam recomeçar da série mais básica do futebol estadual – hoje, a Terceira Divisão. Daria um peso esportivo a uma restrição que, na prática, é financeira

A quarta-feira começou com a notícia de que o Arapongas fechará as portas ao fim do Paranaense e terminou com o seu presidente e dono admitindo a possibilidade de mudar sua "franquia" para Maringá. Diante disso, só é possível chegar a uma conclusão: está tudo errado.

O primeiro absurdo é um dos times notadamente mais bem estruturados do interior não conseguir se manter em pé. Se está ruim para o Arapongas, imagine para outros menos organizados.

O segundo é esse nomadismo dos clubes, uma triste tradição do futebol brasileiro. Só aqui nos estado temos os exemplos do Matsubara, que deu um tiro no pé ao se mudar para Londrina em 1995, e da Adap, que nasceu em Jacarezinho, comprou vaga em Ponta Grossa, teve o auge em Campo Mourão e acabou em Maringá.

A Federação dificulta a operação ao cobrar R$ 200 mil pela mudança de cidade e outros R$ 10 mil para alterar o nome-fantasia. Mas falha na hora de tirar 10: permite que o clube itinerante permaneça na divisão do seu antigo domicílio. Times que mudam de município deveriam recomeçar da série mais básica do futebol estadual – hoje, a Terceira Divisão. Daria um peso esportivo a uma restrição que, na prática, é primordialmente financeira.

Por fim, é duro engolir que Maringá, mais uma vez, precise se agarrar em empresário para ter um time de futebol na Primeira Divisão. Será que os calotes do Aurélio Almeida, que mantém refém a marca Grêmio Maringá, e a passagem meteórica da Adap não bastam para mostrar que esta fórmula é fracassada?

Da mesma maneira que Adir Leme deixou Londrina e está deixando Arapongas, é perfeitamente normal acreditar que ele faça o mesmo com Maringá quando a fonte esgotar na cidade. É a cabeça dos empresários. O futebol do interior brasileiro está cheio deles.

Bate-pronto

Alex fez, contra o Toledo, seu melhor jogo pelo Coritiba. A evolução do meia é nítida. Mas precisa ser acompanhada pelo crescimento coletivo do time. Só assim o potencial do camisa 10 será explorado ao máximo. Marquinhos Santos prevê que a oscilação cesse na virada do turno. Não pode passar disso.

A expulsão de Toninho Ce­­cí­­lio contra o J. Malucelli foi injusta, é verdade. Mas o treinador precisa refletir sobre seu comportamento à beira do gramado. Baixar um pouco a voltagem na área técnica garantirá uma trégua da arbitragem, com a qual ele estará claramente marcado, e permitirá ao time ter o seu comandante presente do primeiro ao último minuto.

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