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Alex passou nove anos jogando na Turquia. A distância dos olhos manteve na memória coletiva a lembrança de um jogador que carimbava todos os lances do seu time, alternando com alguns momentos de sumiço.

O Alex que voltou ao Brasil é um pouco diferente, muito mais minimalista. Que se desconte os quatro meses sem atuar entre a despedida do Fenerbahçe e a estreia no Coritiba. Que se leve em consideração que ele ainda precisa se encaixar em um time que carece de uma evolução natural. Que se lembre o fato de a baixa exigência técnica do Campeonato Paranaense despertar uma autopreservação inconsciente de jogadores de alto nível. Ainda assim, não vejo o auge de Alex na sua segunda passagem pelo Coritiba muito diferente do que ele tem feito até agora.

Alex não será um jogador de 90 minutos intensos, mas sim de três segundos de brilhantismo. Um jogador para decidir partidas em uma falta, um passe, uma finalização. Uma bola para decidir o jogo, como o próprio Alex disse aos companheiros que seria necessário no Estádio do Café.

Nesse ritmo Alex foi fundamental para o Coritiba no primeiro turno. Nesse ritmo construirá sua segunda passagem pelo Coritiba. E nesse ritmo será um dos mais decisivos jogadores do futebol brasileiro em 2013.

Apito

A Fifa recomenda que os lances de toque de mão na bola sejam analisados levando em consideração os seguintes aspectos: 1) O movimento da mão em direção à bola (e não da bola em direção à mão); 2) A distância entre o adversário e a bola (bola que chega de forma inesperada); 3) A posição da mão não pressupõe necessariamente uma infração.

Os dois primeiros tópicos sepultam a discussão sobre os pênaltis que o Londrina diz que foram cometidos por Robinho e Pereira. E no caso de Pereira a bola nem na mão bate, mas sim no peito. O lance de Rafinha é o mais interpretativo, mas o movimento de braço é o do carrinho, não há mudança de rota para cortar a bola.

Felipe Gomes da Silva acertou em três lances complicados. Merece uma absolvição que não cabe para a arbitragem no geral. O apito paranaense é fraco, como é fraco o apito brasileiro. E essa ruindade nacional não serve de atenuante para a situação local, como outro dia deu margem a interpretar dessa maneira Afonso Victor de Oliveira, em entrevista à 98 FM. Afonso, aliás, teve um papel fundamental ao assumir o apito local depois do Caso Bruxo. Moralizou uma arbitragem comprometida até a medula. Passados oito anos, porém, não houve o salto de qualidade esperado e as justificativas já soam repetitivas. É hora de troca no comando do apito local.

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