• Carregando...

A decisão de Sérgio Soa­­res antecipou a atitude que o Paraná poderia tomar nas próximas rodadas. A saída era iminente! Essa é a rotina do futebol nos clubes sem estrutura e planejamento, como o Paraná. Trocar de técnico é natural na Vila Capanema. Já entraram e saíram tantos que o pedido de demissão de Sérgio Soares não surpreende. Quem errou foi o Santo André, de dispensá-lo após o acesso do ano passado.

Ageu assume. Assume a massa falida de um time sem identidade, sem perspectivas e sem a noção exata do que quer. A torcida até sabe o que quer, mas o time ainda não. O Paraná hesita entre ser grande e pequeno. Pensa que é uma coisa e age como sendo outra. Não encontrou seu norte, sua referência após a Libertadores. O torneio continental se tornou um divisor de águas entre os sonhos e os pesadelos.

Troféu de consolo no Bra­sileiro, a vaga na Libertadores tem levado, invariavelmente, times à bancarrota. Vamos aos exemplos: São Caetano, Pay­sandu, Coritiba, Paraná e Sport (na ZR), só para citar alguns, que foram ao topo e desceram ao inferno da Série B.

Mas, o que é ser grande? O leitor Alex Gutenberg mandou, a propósito da coluna sobre o tema publicada no dia 29, as seguintes considerações sobre "times grandes": "Os grandes possuem vários títulos em todos os níveis nacionais e estão sempre disputando, não ficam anos e anos sem ganhar títulos nacionais; tem grande torcida na maioria dos estados brasileiros (quando jogam fora, sentem-se em casa); já forneceram diversos jogadores à seleção brasileira; todo menino sonha em jogar naquele time grande, não importa que estado pertença; recebem os maiores patrocínios e conseguem influenciar e pressionar as federações e a confederação.

Pois é! Avaliando os critérios e falando especificamente do Paraná, é possível enxergá-lo como um time grande? Sérgio Soares deu adeus porque o Paraná não lhe inspirava confiança profissional. Assim como não inspira confiança na torcida. Sérgio Soares trocou o duvidoso pelo incerto, por via das dúvidas. E o Paraná, acostumado a trocar de técnicos, experimentou do próprio veneno...

Personagem: Ariel

Dois golaços. O primeiro já tinha sido notável, mas o segundo, de bicicleta e de canhota... O argentino Ariel Nahuelpan fez gol de Pelé no Serra Dourada. Matou no peito e deu um giro espetacular no ar para mandar a bola no canto de Harlei. Todos os torcedores deveriam sair do estádio e pagar ingresso novamente...

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]