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E ainda não foi desta vez. Fica o Atlético no caminho em mais uma final de competição nacional. A terceira, desde o título conquistado naquele já longínquo 2001. Foi assim em 2004, no Campeonato Brasileiro, mais uma vez na decisão da Copa do Brasil de 2013 e agora essa de ontem, na final da Primeira Liga.

O Atlético não jogou bem. Tivesse sido aquele time que passou lotado pelo Paraná Clube, sábado passado, a situação poderia ter sido bem diferente. Mas os setores, desta vez, não se encaixaram. Talvez em decorrência da fraca apresentação individual de alguns dos titulares mais expressivos desse atual time, desequilibrando a ação de conjunto.

Marcos Guilherme, por exemplo. Teve apenas bons momentos no início da partida, mas sumiu completamente a partir dali, contribuindo para desarticular o setor de criação da equipe, que, positivamente, nada ofereceu para a finalização dos atacantes. Otávio também não esteve em suas melhores jornadas e foi substituído por Deivid, que fez aquele básico de sempre.

E aí, quando se viu perdido, com um gol nas costas, o técnico Paulo Autuori fez o que qualquer treinador faz nessas horas, naquela de dar satisfação de ter tentado o ataque: tirou volante e pôs atacante. Não deu certo, claro, pois se o avante está lá para marcar, só o faz quando recebe uma bola aceitável. E ninguém recebeu.

A partida de ontem deixou claro, mais uma vez, uma deficiência que até não vinha fazendo falta em momentos recentes, mas que desta vez foi um peso a menos na decisão: a bola parada. Exceto pelo raro gol de falta de Vinícius, em Londrina, não me lembro mais de outra cobrança direta de sucesso do Atlético de agora. Não há mais a convicção de gol em qualquer falta próxima da área, como, por exemplo, aquelas cobradas por Paulo Baier, tempos atrás (antes que reclamem de qualquer viuvez, trata-se apenas de uma referência do último eficiente cobrador que a equipe teve, pois, desde então, ninguém mais teve a mesma capacidade).

Foi por isso que teve de assistir o Fluminense erguer a taça e dar a volta olímpica, mantendo-se na fila de mais uma conquista nacional. Jogou pouco, muito pouco para quem pretende brilhar além das divisas estaduais.

As decisões

Com todo o respeito que merece o PSTC, o Coritiba já está na final, embora o discurso de seus profissionais, por respeito, seja de cautela. Mas, como já escrevi aqui, tirar três gols de diferença do Coxa no Alto da Glória não é tarefa de qualquer um e a história, ao que me parece, jamais registrou tal feito por qualquer clube, pequeno ou grande.

Domingo, sim, a situação é diferente. A vantagem do Atlético, com o empate, é importante e um handicap a ser considerado. Mas as duas equipes se equivalem e o Paraná Clube certamente será empurrado pela torcida em busca da reversão.

Vai ser de arrepiar, posso imaginar.

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