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Uma final espanhola, seria esse o caminho inevitável. Já se prenunciava o predomínio quando três clubes daquele país estavam entre os oito melhores classificados da Liga dos Campeões. E se o Barcelona espirrou só foi por ter sido sorteado para confrontar com os conterrâneos do Atlético, que ontem passaram pelo Chelsea e vão decidir o título europeu com os rivais madrilenhos do Real.

E que vitória essa de ontem! Provavelmente com a torcida da grande maioria dos telespectadores, naquela corrente natural de sempre apoiar o time tecnicamente mais fraco. Na teoria, pelo menos, pois o Atlético foi sempre melhor no confronto com o milionário time dirigido pelo não menos milionário José Mourinho.

É que a empáfia do técnico português atrapalha. É competente, sim. Mas também não é tudo aquilo que acredita ser, conforme atestam as campanhas mais recentes entre clubes da Itália, da Espanha e da Inglaterra. Que o diga o jogo de ontem, em pleno reduto azul, com um domínio sóbrio e eficaz dos comandados do argentino Diego Pablo Simeone.

Essa final empolgante entre os madrilenhos, marcada para Lisboa, no próximo dia 24, conseguiu mudar o foco no assunto futebol dos brasileiros. Talvez pelo fato de o campeonato nacional ainda não ter empolgado e às notícias ruins e desanimadoras (quanto a obras, entornos, acomodações e quetais) antecedendo a Copa do Mundo, o apreciador de futebol encontrou caminho nessa bela cobertura que hoje se faz da decisão europeia.

Torce, sim, para os brasileiros que lá se encontram. Mas, principalmente, admira o estilo de futebol bem jogado que marca os protagonistas da competição. Especialmente os finalistas, tão distintos entre si. Enquanto o Real investe no talento individual de algumas de suas principais estrelas para dali moldar um bom coletivo, o Atlético faz da organização tática, da extrema disciplina de jogadas seu mote maior, permitindo um equilíbrio nos prognósticos para o jogo único da decisão.

E, cá entre nós, é bom ver futebol bem jogado.

Tiro no pé

Primeiro o Atlético anunciou punição ao zagueiro Manoel – um dos melhores do futebol brasileiro. Depois, pressionado pela reação que veio do outro lado, desdisse o que havia dito, informando ser por conta do treinador o afastamento de seu mais valioso jogador. E por questões técnicas, inclusive.

Claro que essas explicações pró-forma não convencem ninguém e também não são inéditas no clube, que tem um pendor para dilapidar o próprio patrimônio, tentando transformar ídolos em inimigos. Não... não vou falar de Paulo Baier. Lembrei-me de Dagoberto, tempos atrás, tão importante quanto Manoel. O atacante foi defenestrado até poder brilhar novamente em outro clube.

E então, para não perder o ritmo, as ações se repetem em ciclos.

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