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Aquele gol do Marquinhos nem deu para assustar a torcida coxa. Mesmo porque o empate sairia dois minutos depois, dando o sinal do que ainda viria pela frente. E veio a goleada, que põe mais uma vez o Coritiba numa semifinal da Copa do Brasil. Desta vez, contra o São Paulo, que ontem passou pelo Goiás.

O que mais impressionou no desempenho coxa de ontem foi a velocidade do contra-ataque, o que não se via desde aquele time que impressionou no ano passado. O terceiro gol foi uma pintura, com toques de primeira desde a grande área, a partir do passe de Sérgio Manoel, daí mais três toques até a perfeita finalização de Roberto.

Sérgio Manoel, aliás, foi o grande destaque da partida. Grande destaque e grande surpresa, pois parece finalmente ter surgido o jogador para iniciar as jogadas, para o primeiro passe após o desarme. Tímido até ontem, já se soltou e mostrou poder ser muito útil na sequência da campanha do Coritiba na temporada. Classificação garantida, agora é só aguardar pelo São Paulo.

Fim de linha

E o Atlético ficou mesmo pelo caminho. Seria mesmo muito difícil esperar a classificação nessa partida de ontem, em Barueri. A perda da vaga se deu naquele primeiro jogo, na Vila Capanema, quando algumas jogadas comprometeram o rendimento da equipe e o Palmeiras fez dois gols e uma vantagem considerável para seguir em frente.

Nem dá para dizer ter ido o Atlético longe demais. Poderia ter seguido em frente, pelo equilíbrio de forças demonstrado contra o adversário. Apenas não teve competência para tirar proveito disso.

A obra e a bola

A comparação foi inevitável. Assim que cheguei ao Beira-Rio perguntei aos meus botões por que o Atlético não teria feito a mesma coisa. Quase metade do estádio estava interditada, demolida ou reconstruída, devido às obras (atrasadas, é verdade) para 2014.

Sem entrar no mérito dessa mixórdia toda em torno da escolha do local dos jogos do Atlético no Brasileiro – em processo todo errado desde os seus primeiros passos –, seria bem possível o clube continuar usufruindo de seu patrimônio até que o desenvolver das obras fosse evoluindo a ponto de impedir. Como a realização dos trabalhos, a rigor, ficou na dependência da liberação dos recursos via BNDES, a Baixada poderia, muito bem, ter sido sede das partidas atleticanas em toda a extensão do Estadual.

Nada impediria de um setor específico de obras localizadas ser isolado dos demais, para que estes pudessem abrigar os torcedores presentes em dias de jogos. Um dia, mais cedo ou mais tarde, haveria a necessidade de mudança de endereço. Como vai ocorrer com os colorados gaúchos. Mas isso um dia, que ainda não teria chegado, adiando esse trauma que hoje inferniza a cabeça de todos os atleticanos.

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