O Tubarão voltou?

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Quarta-feira passada, nos instantes finais da vitória sobre o Atlético, o canto da torcida do Londrina ecoava alto na arquibancada: "Ooo, o Tubarão voltou". Pela primeira vez na temporada o time somava duas vitórias consecutivas e dava jeito que poderia engrenar no campeonato paranaense, devolvendo uma esperança de boa campanha que já estava longe do pensamento de muitos londrinenses.

Pois ontem, em Paranavaí, repetiu-se o placar de 3 a 0 e o Londrina se mantém como líder do segundo turno, pelo ótimo saldo de gols de construiu. O que se dizia era que contra os grandes o rendimento do time era melhor (além da vitória sobre o Atlético teve o empate contra o Coritiba, com o pênalti não marcado que poderia ter mudado a história do jogo), com enroscos contra os pequenos, por falta de iniciativa de jogadas.

Ontem, pelo que se sabe de Paranavaí, o ACP foi acuado em casa por um adversário determinado e eficaz, que construiu o placar no primeiro tempo e tratou de administrá-lo no segundo.

Terceira vitória consecutiva, todos respiram em paz, imaginando a possibilidade da quarta, domingo que vem, contra o Corinthians. Que não é lá essas coisas, mas ontem complicou a vida do Coritiba, no Ecoestádio.

Aperto alviverde

Sim, o Coritiba voltou a sofrer para vencer. Já foi assim com o Toledo, no meio de semana, com a vitória chegando nos instantes finais. Ontem construiu o placar com dois gols de zagueiros em bolas paradas (méritos, claro, para quem sabe aproveitar os dotes que possui) e apertou-se no segundo tempo contra um adversário que teve maior volume de jogo e só não ameaçou o resultado por absoluta falta de competência nas finalizações.

Rafinha faz muita falta (se bem que não havia brilhado contra o Toledo) e a saída de bola tem sido o principal problema do time coxa, que alimenta com dificuldade a peça de ataque.

Vai precisar muito mais do que tem feito para tentar se recuperar a (quase cega) credibilidade que passava a todos nós no início da temporada.

Sem ressaca

No sábado, um passeio do Atlético. Reabilitador, para eliminar a ressaca da derrota em Londrina, no meio de semana. Mas a goleada sobre o Operário também deve ser vista com algumas reservas, por se tratar de um adversário muito frágil, que entrou em campo sem alguns titulares e perdeu outros ainda no primeiro tempo da partida.

Importante saber que Guerrón parece disposto a se integrar novamente ao grupo e que se encaixa muito bem no esquema de jogo do técnico Juan Carrasco. Marcinho começa a ganhar ritmo e pode voltar a ser o mesmo jogador útil que se apresentou em temporadas passadas. Paulo Baier ainda está sem reflexos e certamente levará mais alguns dias para recuperar um nível mais próximo possível de seu ideal.

A goleada permite mais fôlego para os próximos passos (a começar pela estreia na Copa do Brasil, quarta-feira que vem).