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Não foi de todo mal. No empate do confronto direto, o Vitória mantém a vantagem sobre o Coritiba na classificação. Mas o ponto somado fora de casa permitiu ao Coxa manter o foco na campanha para escapar da ameaça dos que chegam de trás. Corre o risco hoje, caso a Chapecoense surpreenda o Fluminense no Maracanã, mas ainda faz duas partidas em casa, levando a tensão adiante, com esperança de poder fazer valer o mando de campo – contra Palmeiras, domingo, e Bahia, na última rodada.

O mérito maior do Coritiba foi não se entregar jamais. Não se abalou ao levar o gol primeiro, foi buscar o empate e nem assim se acomodou. Buscou opções no segundo tempo, teve uma chance incrível salva por Mansur, embora Vanderlei, de seu lado, também tivesse feito suas importantes defesas, mantendo o reflexo em dia.

O que se sente entre os alviverdes é uma pegada que não se registrou em temporadas anteriores, quando o rebaixamento veio como castigo. Esse time não tem perfil de quem vai cair e passa isso a cada partida. Terá agora – e não será simples, sabe-se – que manter o serviço no Alto da Glória.

Na Baixada, para cumprir tabela, Atlético e Santos poderiam ter feito um jogo melhor. Não havia compromisso nenhum com classificação nem preocupação com possível ameaça de rebaixamento e os dois times até que entraram em campo mais soltos, dando prioridade ao ataque. O Santos saiu na frente, o Atlético empatou, e depois foi como se houvesse alguém desligado a chave geral.

O empate por 1 a 1 caiu bem, mas que poderia ter sido melhor, sim, poderia.

Repensar grande

Passado o sufoco, o frio na espinha, a expectativa é que o Paraná consiga pensar em um ano melhor para 2015. E para os anos subsequentes, evidentemente.

Aquele clube que "já nascente gigante", como referenda seu hino, apequenou-se demais nos últimos tempos. Consequências, até, de um gigantismo exagerado nos primeiros anos de vida, com a conquista de muitos títulos, sim, mas à custa de uma sangria financeira até hoje ainda não resolvida.

E foi muito difícil convencer o torcedor paranista da nova realidade que o clube passaria a enfrentar. Até que, dentro de campo e patrimonialmente, escancarou a nova realidade de quem não mais poderia circular em outros patamares se não naqueles degraus abaixo que o conduziram à situação dos dias atuais.

Os tricolores precisam hoje pensar e agir dentro da nova realidade, traçando objetivos racionais, sem mais se deixar levar pelo gigantismo de suas origens. Certo que 2015 será um ano difícil, mas talvez já não tão mais quanto está sendo este 2014. Desde que se pense um futuro possível de se mensurar, sem posições passionais ou arroubos de emoção pura. É um recomeço. Difícil, penoso, mas que tem tudo para ter êxito. Com os pés no chão, claro.

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