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Em anos anteriores a conversa era outra. Por mais que alguns mais otimistas imaginassem o impossível, a realidade do Coritiba dificilmente saía da mesma ladainha: brigar lá embaixo, tentando evitar a ameaça de rebaixamento. E isso se configurava de pronto, desde as primeiras rodadas, quando o embate em campo comprovava a dificuldade de equilíbrio de forças com os adversários.

Agora, campeão paranaense com mérito e folga, o enfoque é outro, mais ousado, mais atrevido e com um alvo muito mais acima do que o pessimismo de jornadas anteriores. O Coxa quer ser mais do que um simples coadjuvante, complemento de tabela para os demais clubes. Quer ser protagonista. E por isso contratou pontualmente, recebendo jogadores experientes para impulsionar uma jornada de bom astral, com foco em campanhas internacionais, nas alternativas que oferece o Campeonato Brasileiro aos seus melhores participantes.

Foi por isso que vieram Getterson e Tomas, destaques do J.Malucelli no campeonato estadual. Mais ainda: foi assim que veio Alecsandro, menino que aprendeu a bater bola no gramado do Alto da Glória, enquanto o pai, Lela, se preparava para os treinos do grande Coritiba campeão brasileiro de 1985.

Aliás, a propósito e em bela homenagem – e jogada de marketing -, Alecsandro vai jogar no Coxa com a camisa 85. Pode ter relação maior de veneração? E com direito a repetir as caretas do pai, marca registrada daquele time vencedor. Pode ser a boa novidade da equipe que estreia hoje, fechando a primeira rodada do Brasileirão, contra o Atlético-GO, no Alto da Glória.

Um novo Coritiba estreia hoje na temporada nacional. Com as melhores expectativas de quem pode muito mais do que ser apenas campeão estadual.

Vexame

Que time foi esse do Atlético que estreou na Bahia? Vale a pena poupar jogadores sabendo que não há base de reposição de qualidade? Pelo jeito o técnico Paulo Autuori e sua equipe acharam que sim, resguardando alguns de seus principais atletas para o confronto de quarta-feira, contra a Universidad Católica, no Chile, precisando vencer para seguir na Libertadores.

Deu vexame, passou vergonha, vendo do outro lado um time limitado fazer a festa e cravar uma goleada histórica. E com jogadas saindo, basicamente, da direita, com um lateral chamado Eduardo, emprestado pelo próprio Atlético aos baianos.

A humilhação de ontem só pode ser explicada – ou justificada – em caso de classificação em Santiago. Caso contrário, é bom a diretoria rubro-negra começar a repensar os conceitos em prática, que, cá entre nós, não parecem estar funcionando – o que a soberba do treinador e de dirigentes não aceita admitir.

Boa estreia

No sábado, o Paraná Clube tirou ponto fora de casa. Poderia ter vencido o ABC, foi sempre superior, mas a pontaria não anda muito boa por lá. Não dá para se queixar. Mas para quem pretende subir pode ter sido pouco na primeira parada.

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