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O Real Madrid não foi campeão de nada no ano passado, empacou na Liga dos Campões e viu novamente o Barcelona ser o melhor espanhol. Tampouco a seleção de Portugal teve uma temporada vitoriosa – a classificação para a Copa de 2014 veio somente na repescagem. Se o coletivo nesses casos não funcionou, uma peça fundamental sobrou em campo: Cristiano Ronaldo.

A premiação da Fifa, realizada ontem na Suíça, coroou o 2013 do jogador português e ignorou a máquina de títulos que foi o Bayern de Munique – levantou quatro taças – do francês Franck Ribéry e o fato de o argentino Lionel Messi ser o melhor jogador do mundo. Justo, afinal de contas o critério era escolher o melhor naquele período.

A qualidade dele impressiona por não precisar de conquistas de Real ou Portugal para se sobrepor aos rivais de Bola de Ouro. Vale o futebol dele por si só, sem mais nem menos. Serve para tirar um pouco aquela história de que para ser eterno, precisa ter conquistado Copa do Mundo. Ele dificilmente será campeão mundial pela seleção portuguesa. E daí? Continuará sendo um dos maiores que já existiram.

O ano de Ronaldo foi espetacular. E não só pelos 69 gols em 59 jogos, chegando a uma média absurda de 1,17 gol por partida. Ele mostrou ser mais do que apenas um finalizador certeiro. O interessante no português é que ele não para de evoluir, mesmo prestes a completar 29 anos. E esse crescimento tem sido utilizado não apenas para benefício próprio, mas para o coletivo.

Por vezes costumamos, equivocadamente, colocá-lo como individualista. É quase uma regra – ele também não se ajuda ao perpetuar o lado marrento dentro e fora dos campos – classificá-lo como "fominha". Um erro enorme, visto que os companheiros de Real Madrid e de seleção têm se aproveitado, e muito, da criatividade de CR7.

O curioso é que isso não foi levado tão em conta assim na premiação da Fifa. O vencedor passou longe de ser maioria absoluta: recebeu 37% dos votos de capitães e técnicos de 184 seleções, e de um grupo de 173 jornalistas. O argentino contabilizou 33% e o francês outros 30%.

A margem tão pequena não tem justificativa e dá a impressão de que há um vício na votação. Os títulos de Ribéry parecem valer mais. E votar em Messi é quase automático. Aliás, não fosse o ano irregular do atacante do Barcelona, provavelmente Ronaldo o veria novamente com o troféu – seria tetra-vice, sem contar em 2010, quando nem sequer chegou à final.

O bom é saber que ele estará no Brasil para a disputa da Copa, e como o melhor do mundo. E mesmo Portugal não indo longe, o que é bem provável, ele certamente será um dos destaques. Que me perdoe Ibrahimovic, mas o Mundial sem Cristiano Ronaldo é que não teria graça.

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