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O Cruzeiro deve vencer, hoje, o frágil Potosí, no Mineirão, e se juntar a Corinthians, São Paulo, Flamengo e Inter na Li­­bertadores.

Como o temido Boca Juniors está fora, além de River Plate e LDU, aumentam as chances de um time brasileiro ganhar a competição. Aumenta também a soberba, de achar que as equipes brasileiras são muito melhores. Por isso e pelo equilíbrio técnico, Fluminense e Cruzeiro perderam os títulos de 2008 e 2009, para LDU e Estudiantes.

Por ter Adriano, o melhor jogador brasileiro, o Flamengo está um pouco mais forte. Por causa de um jogo, em que foi substituído, e o time reagiu, por vários motivos, os que idolatravam Petkovic já falam que o time não precisa dele. Querem também colocar Vágner Love na seleção, por causa de boas partidas no Carioca. Não faz nenhum sentido. Só se explica por ser o Flamengo. Há outros centroavantes melhores na fila de espera.

O Corinthians contratou vários bons jogadores, do mesmo nível, para as mesmas posições. Nenhum excepcional. Ter um bom e numeroso elenco é importante, mas o time titular é pior ou, no máximo, igual ao que ganhou a Copa do Brasil de 2009. Jorge Henrique ainda é o destaque. André Santos jogava mais do que deve jogar Roberto Carlos. Cristian, no mínimo, era igual aos volantes contratados. Se não era superior, Douglas era diferente dos que chegaram para sua posição.

O Cruzeiro manteve quase a mesma equipe e o mesmo estilo bonito, envolvente e ofensivo. A deficiência continua na marcação pelos lados. Os laterais Jonathan e Diego Renan avançam muito, com eficiência, mas deixam muitos espaços em suas costas. Os zagueiros e volantes estão, com frequência, atrasados na cobertura. Assim, o time sofreu vários gols decisivos. Mesmo quando dá tempo para voltar, os dois, principalmente Jonathan, em vez de ficar na linha dos zagueiros, se posicionam na linha dos volantes.

Os laterais têm de marcar bem, fazer a cobertura dos zagueiros e, no momento certo, avançar para receber o passe na frente, e não esperar na frente para receber o passe. Resu­­min­­do, tem de ir "na boa", como se diz no futebol.

O Inter é sempre o melhor time brasileiro, no início da temporada, o que não se confirma. Este ano pode ser diferente. Além de mais experiente, o técnico Jorge Fossati não tem a verborreia teórica e formal de Tite nem o discurso tecnicista de Mário Sérgio.

Ricardo Gomes fala que o São Paulo vai jogar com três zagueiros e joga com dois. Diz que o time vai passar a jogar com muita troca de passes e não é o que se vê. Diferentemente dos anos anteriores, quando era o mais forte dos brasileiros na Liber­­tadores, o São Paulo está no nível dos outros.

Comecei a escutar, como em todos os anos, que a Liber­­tadores é um jogo diferente, como se fosse outro esporte, que os árbitros marcam poucas faltas, que a pegada é maior e que, para jogar a competição, tem de ser guerreiro, a palavra da moda.

Por tentar ser guerreiro e es­­quecer de jogar futebol, muitos times brasileiros foram eliminados por adversários inferiores.

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