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Como ocorreu contra o Zimbábue, a modesta Tan­­zânia criou várias chances de gol, mas o Brasil, em lan­­ces isolados e bem feitos, ga­­nhou com facilidade.

Mais uma vez, o adversário teve muitas facilidades pelo lado de Michel Bastos. Além de marcar mal, ele não tem o apoio de Felipe Melo e de Gilberto Silva, que atuam pelo centro. Mais uma vez, Gilberto Silva e Felipe Melo perderam várias bolas na intermediária do Brasil.

Uma importante estratégia, que o Brasil treina, mas pouco faz na partida, é a marcação por pressão. Gilberto Silva, por se posicionar bem e fazer poucas faltas na entrada da área, é eficiente quando o Brasil marca mais atrás. Se a seleção adiantasse a marcação, Josué seria melhor, já que antecipa e desarma muito bem.

Com Daniel Alves e Ramires nos lugares de Elano e Felipe Melo, o time fica mais leve e mais ofensivo.

A entrada de Nilmar, e não de Grafite, no lugar de Luís Fabiano, pode ser uma indicação de que isso poderá ocorrer nos jogos. Grafite tem treinado muito mal. Sua convocação, após jogar apenas 25 minutos, foi a única vez que Dun­­ga surpreendeu e contrariou seus conceitos, de que um jogador, para ter um lugar, precisa ser várias vezes testado e aprovado.

Enquanto Kaká continua preocupando, Robinho dá sinais de que poderá brilhar na Copa e conquistar um lugar de destaque no futebol mundial. Ele sempre teve talento para isso.

Com exceção de Robinho, o Brasil dribla pouco, como ocorre em todo o mundo. É a globalização do futebol. Enquanto diminuem os dribles, aumenta o número de passes tecnicamente corretos, curtos e seguros. É o futebol de dois toques. Domina e passa. Querem transformar o futebol em um jogo puramente técnico e ensaiado.

O drible linear, em que o jogador toca a bola para pegá-la à frente, como fazem Kaká, Maicon e tantos excelentes jogadores espalhados pelo mundo, não é o verdadeiro drible. É um lance técnico.

O drible, além de ser uma ótima maneira de furar uma retranca, é uma jogada bonita e de astúcia. O driblador cola a bola nos pés ou fin­­ge que vai perdê-la, para, em se­­gui­­da, tirá-la, enganando o ad­­versário.

O drible é uma brincadeira sé­­ria, uma conciliação entre o princípio do prazer e o princípio da realidade.

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