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Nas duas últimas semanas, vi muito e aprendi algumas coisas sobre o basquete. O mais difícil é saber se foi falta ou não, quando os gigantes sobem no garrafão. Deve ser mais fácil para o árbitro de futebol marcar faltas e pênaltis. Mesmo assim, eles erram demais. Os árbitros de futebol conhecem as regras, são honestos, mas não entendem de futebol.

Depois do futebol, o basquete é o esporte que mais gosto. É um jogo também técnico, tático, de passes, dribles, contra-ataques, marcação por pressão e lances surpreendentes, embora aconteçam muito menos zebras que no futebol. Já o vôlei é essen­­cialmente técnico e muito mais previsível.

O sonho dos treinadores é transformar o futebol em um jogo igual ao basquete, onde todos recuam, marcam e chegam ao ataque. Isso, às vezes, já acontece. Apenas o centroavante fica mais à frente, mas ele tem também de marcar a saída de bola dos zagueiros. Um ótimo time precisa, em uma mesma partida, saber fazer tudo isso e também marcar por pressão, para tomar a bola mais perto do outro gol.

Os treinadores de basquete e de vôlei são muito mais decisivos que os de futebol. Eles atuam a todo instante, com orientações durante o jogo e nas pedidas de tempo. O basquete é um jogo ainda mais tático que o futebol. No entanto, treinadores de futebol, na média, são mais valorizados e badalados.

Volto ao basquete. Gosto e aprendo com os comentários de Vlamir Marques, da ESPN Brasil, o melhor jogador de basquete que vi atuar. Suas análises de lances são claras, precisas e didáticas. No futebol, Júnior é o que melhor analisa as jogadas. Vlamir é também independente, elogia e critica, sem constrangimentos.

Isso não significa que todos os ex-atletas, mesmo os que foram craques, sejam bons comentaristas. Da mesma forma, há excelentes comentaristas que nunca foram atletas. É preciso ainda separar o analista de jogo do jornalista. Algumas vezes, os dois se juntam em um só. Ex-atletas precisam ser avaliados em suas atuais atividades pelo que fazem, e não pelo que fizeram.

Não se deve confundir ótimos comentaristas que foram atletas, como Vlamir, com ex-jogadores que não têm preparo para o novo cargo, com os que são excessivamente condescendentes, com os que acham que tudo era melhor em outras épocas, nem com os que não descolam seu passado do presente, o ex-atleta famoso do atual cidadão.

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