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Com Mano Menezes, as po­­sições e funções dos jogadores do Corin­­thians eram tão bem definidas que até o pipoqueiro do estádio sabia qual era o es­­quema tático. E funcionava muito bem. Com Adílson Batis­­ta, a movimentação e a troca de posições durante o jo­­go são tantas que às vezes fico perdido, sem saber qual é a formação tática. E funciona muito bem.

Adílson Batista terá um abacaxi para descascar. Se Ronaldo quiser jogar e for liberado pelos mé­­dicos, preparadores físicos, fisiologistas, fisioterapeutas, nutricionistas, assessores e marqueteiros, o que fazer? Adílson, que gosta tanto de jogadores leves, que se movimentam bastante, teria de escalar um atleta pesado, que quase não sai do lugar.

Contra o Flamengo, o Flumi­­nense jogou sem Deco e com três zagueiros, como a maioria queria, e o time não perdeu, não venceu, não melhorou e nem piorou. O Fluminense não perdeu a liderança por causa do esquema tático e nem dos desfalques. To­­das as equipes têm desfalques. Perdeu, principalmente, porque o time não é tão bom como se i­­ma­­­­­ginava, mesmo com Émer­son, e porque há outras equipes no mesmo nível. O Fluminense continua candidato ao título.

Cuca, sem estrelismo, conseguiu no Cruzeiro, pelo menos contra o Botafogo, o que parecia impossível, que é escalar Róger desde o início e mantê-lo durante toda a partida, em uma função diferente, ao lado dos volantes, marcando e armando as jogadas pela esquerda. Ele nunca tinha feito isso. E fez bem. O Cruzeiro não atuou com dois meias ofensivos, e sim com três no meio-campo (Róger, Henrique e Fa­­brício) e mais o meia ofensivo Montillo.

Os três melhores meias que atuam no Brasil são argentinos, Montillo, Conca e D’Alessandro. Isso não é por acaso. Os técnicos de base da Argentina valorizam mais os baixinhos habilidosos, enquanto os do Brasil gostam mais de jogadores altos, fortes e que correm muito. Montillo é mais agressivo, finaliza melhor e faz mais gols que Conca e D’Ales­­sandro.

A má campanha do Palmei­­ras e a péssima do Atlético-MG se­­riam motivadas, principalmente, pela decadência de Fe­­lipão e Luxemburgo ou seriam mais uma evidência de que os técnicos, sejam quais forem, não são tão decisivos como muitos acham? Fico com a segunda hi­­pótese, sem descartar a primeira, em relação a Lu­­xem­­bur­­go, que teve tempo e di­­nheiro para formar um bom time, além de não ter ido bem nos úl­­timos anos.

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