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Aqui mesmo, nesta coluna, lá pela metade da temporada, escrevi que, apesar do forte equilíbrio do Mundial-2012, com seus sete vencedores diferentes, os favoritos ao título seriam os três melhores pilotos desta geração: Fernando Alonso, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel.

Faltando apenas sete etapas, o cenário continua este, mas o GP da Itália fez com que a disputa agora ganhe contornos de um duelo entre Alonso e Hamilton (vencedor da prova de ontem). Com a quebra de seu Red Bull, Vettel viu o espanhol abrir 39 pontos de vantagem. Além disso, o problema maior do atual bicampeão é o momento de sua equipe. Após o domínio dos últimos anos, o carro da vez é o da McLaren, que acumula três vitórias consecutivas.

Em termos de competitividade, Ferrari e Red Bull estão equivalentes: assim, a desvantagem de quase 40 pontos joga Vettel como um franco atirador nesta disputa. Já Hamilton parece um candidato em franca ascensão – fosse o campeonato uma eleição, daria para dizer que em Monza ele parece ter garantido uma vaga no "segundo turno".

Com a vitória, o inglês chegou à vice-liderança. Os 37 pontos de desvantagem são uma margem segura para Alonso? Poderia até ser, caso seu adversário fosse um piloto cujo carro rende tanto quanto a Ferrari – como a Red Bull, por exemplo. Mas não é o caso da McLaren, vitoriosa na Hungria, em Spa-Francorchamps, em Monza (onde faria dobradinha caso Button não quebrasse) e já viaja para Cingapura como favorita.

Para o torcedor brasileiro, a vantagem é que esta disputa tem tudo para ser decidida na etapa final, em Interlagos, no fim de novembro. Depois de Monza, o Mundial de 2012 dá pinta de uma batalha por cada ponto entre um Hamilton, em desvantagem na tabela mas com melhor carro, contra um Alonso com boa margem na frente, mas obviamente tendo uma dificuldade em brigar por vitórias por pilotar um carro inferior. Correndo por fora, Vettel e a Red Bull.

Junte este fator à rivalidade histórica dos dois, desde o turbulento ano de 2007, quando dividiram a equipe McLaren, e o Mundial terá ingredientes de sobra para se tornar ainda mais especial. Mais do que nunca, a melhora de rendimento de Felipe Massa vai fazer a diferença – para ajudar o time, como ontem em Monza, e assim pavimentar seu caminho rumo à renovação com a Ferrari em 2013. Naquele ano, por sinal, seu papel de escudeiro na Ferrari foi decisivo para definir o título – justamente para o azarão, Kimi Raikkonen.

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