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Uma semana depois de ter uma noite de sonho no Mineirão, com uma goleada de 7 a 0 sobre o Real Potosí (Bolívia), o Cruzeiro teve uma quarta-feira de pesadelo em Buenos Aires. Com dois jogadores (Gilberto e Gil) expulsos no primeiro tempo, o time celeste iniciou a caminhada no Grupo 7 da Libertadores com derrota: 2 a 0 para o Veléz Sarsfield, no estádio José Amalfitani, na capital argentina. O caso de Gilberto chama a atenção: convocado na última terça-feira para o amistoso da seleção brasileira contra a Irlanda, dia 2 de março, o jogador já havia sido expulso no primeiro jogo diante do Potosí, pela pré-Libertadores, também na etapa inicial.

O clube mineiro volta a campo pela Libertadores na próximo dia 24, quando recebe o Colo Colo (Chile) no Mineirão. No dia anterior, o Vélez vai a Caracas para enfrentar o Deportivo Italia.

Primeiro tempo terrível

Imagine um começo ruim para o Cruzeiro. Acredite, foi pior. Logo aos dois minutos, em um lance no meio-campo, Gilberto levantou o pé de forma imprudente, atingiu o zagueiro Sebá Dominguez na linha da cintura e foi expulso pela segunda vez na Libertadores.

Diante do impacto com a perda de um de seus principais jogadores e pressionado pelo Vélez e sua inflamada torcida, o Cruzeiro sofreu o primeiro gol aos cinco. Somoza dominou pelo meio e acionou Cabrera, livre, pela direita. O meia cruzou para Santiago Silva, "El Tanque", testar na pequena área, sem chance para Fábio.

Apesar da dupla desvantagem (no placar e no campo), o Cruzeiro conseguiu se ambientar no campo adversário, embora encontrasse dificuldade para manter a posse de bola. O Veléz teve chance de aumentar aos 24, quando López chutou da risca da área no canto direito, e Fábio salvou, espalmando para córner.

Aos 36, a situação do clube brasileiro ficou ainda mais complicada. Para evitar que Santiago Silva entrasse livre na área, o zagueiro Gil derrubou o atacante na meia-lua, levou o segundo amarelo e foi expulso. Para recompor a zaga, o técnico Adilson Batista trocou o lateral Diego Renan por Thiago Heleno.

Com dois a menos, os jogadores celestes passaram a pressionar o árbitro Martín Vazquez, exigindo cartões vermelhos para os adversários. Vazquez poderia ter expulsado o zagueiro Sebá, que chutou o atacante Kléber, já caído. Mas o uruguaio mostrou falta de critério e amenizou, aplicando apenas o amarelo para o ex-zagueiro do Corinthians. No primeiro tempo, foram seis advertências para o time argentino (Moralez, Cubero, Somoza, Pablo Lima, Santiago Silva, além de Sebá) e duas para o Cruzeiro (Leonardo Silva e Gil)

Apesar de estar com nove, o Cruzeiro não se encolheu totalmente em campo e teve chance de empatar aos 41. Jonathan cobrou falta sobre a área, e Kléber desviou de cabeça, com muito perigo. O Vélez tocava a bola, e a torcida gritava olé, mas o time argentino, mesmo com dois a mais, não chegou a ser tão incisivo.

Cruzeiro segura o adversário, mas sofre o segundo

A expectativa era de que o Vélez voltasse a todo vapor para liquidar o jogo logo no início do segundo tempo, mas não foi o que aconteceu. Mesmo em situação delicada, o Cruzeiro, nos primeiros dez minutos, conteve as jogadas do time argentino, que, por sua vez, falhava na articulação final.

Mas em um espaço de dois minutos, o líder do Torneio Clausura teve duas grandes chances para aumentar. Aos 13, Lopez recebeu na área, mas errou a conclusão. No minuto seguinte, Santiago Silva recebeu um centro, dominou no peito e arrematou muito perto do gol de Fábio.

Com o meio-campo mais compacto (o volante Pedro Ken entrou no lugar do atacante Thiago Ribeiro), o time celeste conseguia reduzir o ímpeto do adversário. O Veléz só voltou a ameçar aos 24, quando López, quase na risca da pequena área, se antecipou a Fábio e completou um cruzamento da direita por cima da meta.

Mas aos 32 minutos, em uma jogada praticamente idêntica, o desfecho foi diferente. Thiago Heleno cortou mal um cruzamento para a área, e a bola sobrou para Moralez, que cruzou rasteiro da direita. Martinez chegou primeiro que Fábio e desviou para rede.

Consciente de que o empate era algo quase impossível, o time mineiro recuou definitivamente e se defendeu como pôde para evitar uma goleada. E pensar na recuperação diante do Colo Colo, no dia 24.

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