Com maqueiros e gandulas em greve, Ipatinga e Guarani ficam no 0 a 0

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Virtualmente rebaixado e em crise financeira, o Ipatinga perdeu a chance de vencer o Guarani na noite desta sexta-feira (5), no estádio Ipatingão, no interior de Minas Gerais, pela 28.ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Em um jogo fraco tecnicamente, o atacante Bruno Batata se deu ao luxo de perder um pênalti, facilitando a defesa do goleiro Emerson. No final, empate por 0 a 0.

O resultado não livrou o time mineiro da lanterna, com 18 pontos. O Bugre segue em posição intermediária, com 37 pontos, longe da zona de perigo e distante do G4.

A semana foi turbulenta no clube mineiro, com ameaça de greve de jogadores e funcionários. Se os atletas, mesmo com quase quatro meses de salários atrasados, ainda se dispuseram a vestir a camisa do time, o mesmo não fizeram maqueiros e gandulas. O jeito foi improvisar para segurar a maca - com dois técnicos das categorias de base. Mas eles tiveram pouco trabalho.

Nas arquibancadas, vez ou outra, os grevistas protestavam. Entre os gandulas estavam dois garotos de 14 anos, que por serem menores de idade foram substituídos.

O Ipatinga foi melhor no primeiro tempo. Tanto que exigiu boas defesas do goleiro Emerson. A melhor delas aos 14 minutos, quando defendeu a penalidade máxima chutada por Bruno Batata.

Na segunda etapa, o Guarani voltou mais atento na marcação e teve chances de marcar seu gol em contra-ataques. A melhor delas aos 38 minutos, em uma cabeçada de Rodrigo Arroz, que estourou na trave esquerda do goleiro mineiro. Sem poder de finalização, o 0 a 0 foi inevitável para os dois times.

Na próxima terça, o Ipatinga abre a 29.ª rodada fora de casa diante do Barueri, duelo dos piores times do campeonato. O Bugre volta a campo na sexta diante do Bragantino, outro ameaçado pelo descenso, em Campinas.