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Confira as linhas de passes dos dois primeiros gols brasileiros |
Confira as linhas de passes dos dois primeiros gols brasileiros| Foto:

As imagens abertas mostravam uma perfeição geométrica capaz de emocionar qualquer estrategista. Duas linhas de quatro jogadores vestindo branco, separadas por no máximo 5 metros, deslocando-se simetricamente para anular o time de camisa amarela. Para os lados enquanto o adversário trocava passes; para trás quando tentava avançar. Mais à frente, outros dois jogadores de branco esperavam um bola solta para contra-atacar. De branco estava o eficiente time dos Estados Unidos. De amarelo, uma seleção brasileira que mais uma vez deparava-se com seu pior pesadelo: superar defesas fechadas.

A linha ianque mais recuada tinha Spector, Onyewu, Demerit e Bocanegra. Pouco à frente, Dempsey, Clark, Feilhaber e Donovan – o primeiro e o último com mais liberdade. Foi Dempsey quem marcou o primeiro gol; foi Donovan quem puxou com Davis e concluiu o contra-ataque mortal do 2 a 0, 5 toques na bola em 10 segundos.

O Brasil via-se inebriado diante da marcação. Kaká vinha no círculo central tentar armar o jogo, Ramires sumia entre as duas linhas, Robinho sempre abria na ponta marcado por dois ou três, Maicon e André Santos avançavam sozinhos. Quando tinham companhia, chuveiravam a média distância contra um zaga com mais de 1,90 m.

Dunga furou o bloqueio americano sem trocar uma peça sequer, apenas com uma movimentação diferente. No único momento em que fugiu da teia ianque, Ramires tabelou com Maicon, que cruzou no pé (não na cabeça) de Luís Fabiano para fazer o primeiro gol (campo à esq.). Kaká saiu do meio para a esquerda de Robinho, rompeu as duas linhas de marcadores e fez a jogada do segundo (campo à dir.). O terceiro veio de cabeça, mesmo contra uma zaga com mais de 1,90 m. A diferença? O cruzamento veio do fundo, não dá intermediária.

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Professor Pardal

Celso Roth (foto 1)

Com Thiago Feltri à disposição, preferiu manter Júnior na lateral-esquerda e Evandro no meio. Acabou sem jogada ofensiva pela esquerda e com deficiência na armação. Quando colocou Feltri, tirou Júnior, e o problema continuou o mesmo.

Gênio

Hélio dos Anjos (foto 2)

Montou um dos times mais perigosos fora de casa. Felipe Menezes, Iarley e Felipe se movimentam constantemente no ataque, com a colaboração de laterais, zagueiros ou volantes. Engoliu o Botafogo.

Operário-padrão

Alecsandro (foto 3)

Se ficar entre os zagueiros do Coritiba não funcionava (teve só uma chance de gol assim), então Alecsandro foi jogar fora da área. Funcionou. Longe da meta ele criou a jogada dos dois primeiros gols de Bolaños.

Peladeiro

Leandro Guerreiro (foto 4)

Em todas as jogadas ofensivas do Goiás com Felipe Menezes e Iarley o volante botafoguense era driblado com facilidade. Para piorar, ainda falhou nos dois últimos gols da goleada alviverde no Engenhão.

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