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No mundo corporativo, é comum um empresário de sucesso ser colocado no comando de uma empresa à beira da falência, na tentativa de recuperação da firma. Tendo esta sentença como verdadeira, não é coincidência que o novo Conselho Administrativo do Coritiba, o G-9, seja formado por vários empresários de sucesso na vida pessoal. A queda para a Série B nacional, a interdição do Couto Pereira, a perda considerável de receita e as dívidas tornam o quadro bastante próximo do que alguns deles já viveram na carreira.

Após serem eleitos no último dia 21, os novos dirigentes – Walter Antônio Petruzziello, Carlos Zanetti, Fernando Eugênio Ghignone, Vilson Ribeiro de Andrade, Ernesto Luiz Pedroso, José Fernando Macedo, Pierre Alexandre Boulos e Márcio Schwab – já começaram a trabalhar, para que ao serem empossados, em reunião marcada para o dia 4 de janeiro, possam anunciar novidades ao torcedor coxa-branca. O primeiro anúncio foi a extensão do vínculo com o técnico Ney Franco. Outros vão depender dos resultados do levantamento completo que está sendo realizado.

"Estamos montando uma unidade de gestão de crise, a qual irá gerenciar esta ‘empresa à beira da falência’ que estamos assumindo. Não sei de toda a situação para cravar isso, mas o que já tenho conhecimento não nos coloca muito longe disso. Temos mais de R$ 600 mil de multa, com 30 mandos de campo perdidos, isso já vai alcançar um mês ou até mais de folha salarial perdida pelo clube. Se já vinha sendo difícil pagar em dia, imagine com essas situações. Temos é que enxugar a máquina e depois buscar recursos", disse Petruzziello, por telefone, à Gazeta do Povo.

Cortes já foram feitos, com as saídas de João Carlos Vialle e Maurício Cardoso do departamento de futebol. No elenco profissional também foram definidas algumas saídas (Cleiton, Demerson, Rodrigo Crasso, Moisés, Jairton, Thiago Gentil, Rômulo, Bruno Batata e Marcelinho Paraíba), situações que vão ajudar na folha para 2010. A visão empresarial dos novos integrantes do G-9 é vista como alicerce para que o presidente Jair Cirino, único mantido neste conselho, seguir os passos do ex-mandatário Giovani Gionédis, o qual derrubou e depois levou o Coxa à Série A.

"Essas pessoas de sucesso trouxeram uma nova visão e o Cirino terá a oportunidade de recolocar o clube no lugar de onde nunca deveria ter saído. Demos um choque de gestão, agora estamos montando as ações estratégicas para 2010 e depois colocaremos em prática no campo operacional, como funciona no mundo corporativo", comentou Vilson Ribeiro de Andrade, provável "homem-forte" do futebol coritibano na nova gestão de Cirino.

Quanto aos reforços, a diretoria garante que está trabalhando e promete anúncios na reapresentação do elenco, na segunda semana de janeiro. Algumas das carências serão preenchidas por jovens das categorias de base do clube, os quais se destacaram neste ano. Há negociações com o São Paulo para a cessão de Carlinhos Paraíba em janeiro (o que possibilitaria a vinda de atletas do Morumbi), enquanto o Banco BMG, parceiro do clube, pode ajudar no fechamento de alguns acordos que já estão encaminhados pelo gerente de futebol, Felipe Ximenes.

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